Vilões do foco: conheça os principais obstáculos que nos atormentam na hora da concentração
Seja em casa ou no ambiente profissional, ser produtivo requer concentração e foco. Porém, na prática, acabamos esbarrando em alguns complicadores
(Foto: Shutterstock)
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Por Redação Alto Astral
É final de semestre e você precisa se preparar para os testes finais. Algumas semanas antes das provas, planeja distribuir o conteúdo e se programa para estudar três horas diárias. No primeiro dia, perfeito! Foram horas de estudo e, se precisasse, ficaria o dobro do tempo com os livros abertos, você pensa. No dia seguinte, alcançar os 180 minutos torna-se uma missão quase torturante. Já no terceiro, o cansaço bate antes mesmo de começar a estudar, e passar todo o tempo disponível repousando parece ser a melhor escolha. Assim, os dias vão se passando e você, sem perceber, chegou às vésperas da prova sem estudar o mínimo necessário. O resultado: desespero, estresse e, provavelmente, reprovações em algumas matérias. Apesar de ter noção de que precisava se preparar adequadamente, a falta de foco no objetivo final fez com que desperdiçasse momentos importantes para o estudo.
Mas o que leva a essa imensurável perda de atenção? Excesso de tarefas, prazos a cumprir, dezenas de informações disponíveis no intervalo de um minuto e diversos estímulos, tanto de pessoas conversando e televisões ligadas quanto dos aparelhos eletrônicos piscando com notificações… Resumindo, uma infinidade de fatores que somados atuam contra nossa capacidade de focar.
Falta de organização: um dos principais motivos para o prejuízo do foco é a falta de organização. Aqui, não falamos daquela bagunça que insiste em se multiplicar no quarto – não que a desordem não seja relevante –, mas sim da falta de um planejamento claro. “Quando não temos uma preparação das atividades diárias, podemos acabar perdendo tempo com retrabalhos ou não conseguindo dedicar o tempo adequado para a realização das atividades fundamentais para o resultado almejado”, aponta Gustavo Paulillo, CEO da plataforma de aprimoramento em vendas Agendor. Por isso, o profissional indica que é importante definir claramente o objetivo que se deseja alcançar, tanto profissionalmente como pessoalmente. (Foto: Pixabay)
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Autossabotagem: outro grande vilão do foco pode ser o nosso cérebro. Isso mesmo! O órgão responsável pela atenção pode também ser o culpado pela dificuldade em alcançá-la. Segundo os especialistas em desenvolvimento pessoal Taty Nascimento e Antonio Prates, nossa mente se alimenta da dispersão e quer novidade a todo tempo. “Por isso, é tão difícil manter-se focado por um tempo muito longo sem que antes você tenha aquela vontade incontrolável de dar uma olhadinha na atualização das suas redes sociais enquanto está escrevendo sua tese de mestrado”, ilustram os profissionais. Assim, é necessário educá-la para saber que há hora para se distrair e hora de focar. (Foto: Pixabay)
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Excessos: quem nunca ouviu o ditado popular de que tudo que é demais faz mal? Essa máxima também se enquadra quando o assunto é foco. “Os excessos – sejam de atividades, informações ou preocupações, enfim, coisas que fazem parte do nosso mundo moderno – são uma constante dificuldade para o individuo fazer foco numa determinada questão”, destaca a psicóloga Poema Ribeiro. (Foto: Shutterstock)
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Emocional fragilizado: um obstáculo que não poderia deixar de ser citado aqui, claramente, é o emocional. Quem nunca ficou nervoso com alguma situação e, na hora focar no trabalho, por exemplo, se sentiu incapaz de fazê-lo? Isso acontece porque as emoções têm grande influência em todos os aspectos de nossa vida. Basta que um fato altere negativamente nosso estado emocional para que a atenção seja comprometida. Além disso, de uma forma mais estendida, há os distúrbios psicológicos. Para o geriatra Paulo Camiz, “as doenças do emocional, como depressão e ansiedade, estão constantemente nos remetendo demasiado ao passado ou ao futuro e nos tiram do presente”. Ele completa afirmando que, para manter o foco, “deve-se evitar situações que interfiram negativamente com o nosso emocional, como estressores do dia a dia”. (Foto: iStock)