O papel de ter uma vida saudável na memória é que essa condição ajuda a deixar o corpo mais preparado para obtenção e recordação de memórias. “A privação de sono e alimentação inadequada são fatores que prejudicam a nossa capacidade de reter informações”, conta o médico Marcelo Katayama.
Logo, uma alimentação adequada ajuda a nutrir o cérebro e fornece energia para as funções cognitivas, enquanto o sono age no processamento de novas informações. Outro hábito que pode ser prejudicial à memória é o fumo, que, segundo o neurocirurgião Feres Chaddad, causa um processo inflamatório crônico nos vasos, que facilita eventos isquêmicos, ou seja, má irrigação de sangue, em áreas responsáveis pela memória e atenção no cérebro.
Medicação sem receita
Uma grande preocupação dos profissionais de saúde é o uso de medicamentos sem receita médica. Apesar de ser muito comum, esse hábito pode causar consequências preocupantes e uma delas é a perda de memória. Mesmo com o uso prescrito, algumas drogas podem levar à demência de forma direta ou piorar ainda mais um quadro de perda de memória.
Os principais medicamentos que podem ter esse papel negativo são os calmantes benzodiazepínicos, como o diazepan e o clonazepan, por exemplo. Antidepressivos, anticonvulsivantes e corticoides também podem trazer prejuízos cognitivos. “Eles podem levar à perda de memória episódica, falta de concentração, desinibição, sonolência, falta de coordenação motora e quedas”, explica a médica Andrea Fernandes Costa. Porém, o comprometimento da memória pode ser revertido com a suspensão dos medicamentos.
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Texto: Redação Edição: Angelo Matilha Cherubini
Consultorias: Feres Chaddad, neurocirurgião; Marcelo Katayama, médico cirurgião; Andrea Fernandes Costa, médica.