É possível aprimorar o processo cognitivo a fim de ter uma memória mais eficiente, seguindo alguns cuidados. Confira duas técnicas que a Alto Astral separou:
Aposte na meditação
O neurocirurgião Feres Chaddad afirma que “Tratamentos alternativos podem contribuir com a melhoria da qualidade de vida”. Quem ainda não tem problemas com perda de memória pode apostar na meditação para aprimorar a atenção e reduzir o estresse, que acabam resultando em uma memória mais eficiente. Pesquisadores do Centro Médico Diaconisa Beth Israel, em Boston, em conjunto com a Universidade de Harvard, mostraram que o tratamento com meditação e redução do estresse pode reduzir a progressão de Alzheimer e outras demências. Da mesma forma, outro estudo feito por pesquisadores da Universidade Wake Forest e Universidade da Carolina do Norte mostrou que o resultado da meditação na cognição é breve: quatro sessões são suficientes para melhorar a memória de trabalho, assim como a capacidade de manter a atenção e o foco.
Leitura: exercício completo
Uma das maneiras mais poderosas de aprimorar o funcionamento cognitivo é através da leitura. Além das informações adquiridas, ela gera uma atividade mental em várias áreas do cérebro, que precisam funcionar harmoniosamente para gerar compreensão. “Para que possamos compreender o que foi lido, é necessário ainda termos atenção e concentração – atributos desenvolvidos com o hábito da leitura”, explica o médico Marcelo Kitayama. O médico explica também que, ao ler um texto, buscamos em nossa memória referências, experiências e crenças que irão colaborar para a interpretação da informação que está sendo adquirida. Ao cultivar o hábito da leitura, exercitamos diversas áreas do cérebro e adquirimos também novas informações que irão ficar registradas na memória. Um estudo publicado na revista científica Neurology e feito pela Rush University Medical Center em Chicago mostrou que pessoas que mantêm o hábito de ler e escrever durante a vida têm 32% menos chance de desenvolver perda de memória do que as pessoas que não têm esse hábito. Além disso, os não-leitores têm uma taxa de perda cognitiva 48% mais rápida. Por isso, vale a pena investir nos livros para manter o cérebro saudável.
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Texto: Redação Edição: Angelo Matilha Cherubini
Consultorias: Feres Chaddad, neurocirurgião; Marcelo Kitayama, médico cirurgião.