Um diabetes mal controlado por anos pode causar diversos problemas. Um deles, inclusive, é o pé diabético, que nada mais é do que quando um ferimento ou uma área infeccionada nos pés toma grandes proporções, desenvolvendo uma ferida. “O pé diabético é uma associação de falta de circulação (por agressão às artérias das pernas) e pela neuropatia (principalmente), levando a deformidades dos pés, úlceras e falta de sensibilidade nos mesmos”, explica a endocrinologista Maria Fernanda Barca. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), calcula-se que metade dos pacientes acima dos 60 anos apresente o pé diabético. A seguir, saiba quais são as causas, como evitar o problema e o que é pé diabético!
Quando o problema começa
Nem todos os diabéticos desenvolverão o pé diabético. Para que isso aconteça, é preciso que a doença esteja mal controlada por anos. Essas alterações nos pés geralmente são causadas pela neuropatia (que consiste nos danos causados aos nervos do corpo) e, caso não tratado, o problema pode levar à amputação do membro. “A lesão dos nervos por causa do nível elevado de glicose tende a causar insensibilidade nos pés e, assim, o diabético pode não sentir algum ferimento e deixar que se agrave sem trata-lo”, frisa o angiologista e cirurgião vascular Eduardo Fávero.
Prevenção sempre
A melhor forma de evitar o pé diabético é atacar a origem do problema, ou seja, manter uma glicemia controlada. “A prevenção é manter o diabetes sob controle e dar atenção especial aos pés, sempre os inspecionando em busca de lesões de pele ou unhas que possam se agravar. Também é fundamental procurar um médico sempre que sejam identificadas, por menor que sejam, para iniciar o tratamento o mais precocemente possível”, aconselha a endocrinologista Keyla Facchin Guedes. Outros cuidados também podem ser adicionados ao dia a dia:
- Observe os pés diariamente à procura de feridas, bolhas ou rachaduras;
- Quando fizer a higiene dos pés, é preciso secar bem. Um ambiente úmido favorece a proliferação de fungos que podem causar mau cheiro;
- As unhas devem ser aparadas semanalmente com uma lixa em linha reta, evitando cortá-las. Evite remover calos. Para isso, procure um podólogo;
- Use calçados confortáveis, para evitar possíveis machucados;
- Evite sapatos com bicos finos;
- Use meias de algodão sem costura;
- Não use bolsas de água quente nos pés e evite colocá-los de molho na água;
- Verifique se não há algum corpo estranho nas meias e calçados antes de utilizá-los;
- Consulte um cirurgião vascular regularmente.
Tratamento
Caso e ao problema esteja instalado, a primeira atitude a se tomar é procurar por um angiologista ou um cirurgião vascular. Esses especialistas saberão lidar com o seu problema. Basicamente, para auxiliar na cicatrização de úlceras nos pés, em primeiro lugar, é preciso controlar os níveis de açúcar no sangue por meio de medicamentos orais ou insulina. Para melhorar a circulação, o médico poderá prescrever remédios específicos. Em casos mais graves, o especialista poderá solicitar uma intervenção cirúrgica.
Sintomas
Quando um ou mais sinais forem identificados nos membros inferiores, consulte um médico.
- Queimação
- Dormência
- Câimbras
- Atrofia da musculatura
- Deformidades
- Ressecamento da pele
- Perda gradual de sensibilidade nos pés
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Eduardo Fávero, angiologista e cirurgião vascular; Keyla Facchin Guedes e Maria Fernanda Barca, endocrinologistas
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