Que os ataques ao World Trade Center e ao Pentágono, em 11 de setembro de 2001, foram um ato de terrorismo, não há dúvidas. Já quanto à autoria dos atentados, tudo pode ser mais complicado. As lacunas da versão oficial e a dimensão do crime abriram espaço para especulações sem fim. Dentro e fora dos Estados Unidos, imediatamente após os acontecimentos, começaram a emergir análises independentes bastante divergentes das explicações dadas pelo governo do país.
Relatório polêmico
Logo após os fatos, uma comissão formada por quase uma centena de pessoas, a maioria ligada ao National Institute for Standards and Technology (Nist), liderada por cinco parlamentares democratas e mais outros cinco republicanos, foi encarregada de investigar o caso.
Depois de dois anos, a comissão publicou um relatório de 450 páginas baseado em milhões de documentos e cerca de 1.200 entrevistas. No entanto, o relatório é considerado inconsistente por muitos especialistas e teria falhas e omissões grotescas, como o fato de não mencionar o colapso de um terceiro edifício, a torre WTC7, que desabou cerca de sete horas depois das torres gêmeas, sem ter sido atingida por nenhum avião.
A queda do prédio de 47 andares foi atribuída a incêndios provocados indiretamente pela destruição das vizinhas torres gêmeas. O problema é que as imagens da queda do edifício – facilmente encontradas no YouTube -, parecem mostrar que se tratou de uma implosão controlada.
Suspeitas, não teorias
Por essas e outras lacunas, são inúmeras as teorias da conspiração em torno dos atentados. A mais difundida é a de que estes foram planejados e executados – com muitas falhas, inclusive -, pelo próprio governo norte-americano, para justificar as guerras que se seguiriam, consideradas estrategicamente vitais para as pretensões de consolidar uma Nova Ordem Mundial, liderada pelos Estados Unidos, é claro.
Para além das teorias fantasiosas, o documentário Fahrenheit 9/11, dirigido por Michael Moore, lança inúmeras dúvidas sobre os fatídicos acontecimentos, assim como o site 911Truth.com, criado por investigadores sérios e independentes – a equipe do site conta com arquitetos, engenheiros e químicos -, e lista centenas de perguntas não respondidas pelo relatório do Nist, sem assumir, contudo, uma tese conspiratória. O fato de a Al Qaeda e o Taleban terem recebido apoio dos EUA durante a invasão russa ao Afeganistão e o de as caixas-pretas de todos os voos envolvidos nos atentados terem simplesmente desaparecido são alguns dos principais questionamentos, e os que mais instigam esses investigadores.
Jogo profético
Em 1995, a empresa norte-americana Steve Jackson Games lançou um jogo de RPG chamado Illuminati New World Order (INWO) que, como muitos outros, serviria apenas para distração de adolescentes nerds. No entanto, o teor profético de algumas cartas é assustador e o jogo passou a ser apontado como evidência da conspiração das conspirações. Duas cartas mostram os atentados terroristas contra o WTC e o Pentágono, que ocorreriam apenas em 2001 – seis anos após o lançamento do jogo -, com imagens de uma semelhança impressionante com o ocorrido na vida real.
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Texto: David Cintra Edição: João Paulo Fernandes