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Saiba mais sobre a doença que a artista sertaneja teve após o parto
Adenomiose da cantora Simone - Reprodução / Instagram @simoneses

Saúde

Entenda a adenomiose, doença que fez a cantora Simone retirar o útero

Saiba mais sobre a doença que a artista sertaneja teve após o parto

Simone Mendes, dupla sertaneja com Simaria e mãe de Zaya (3 meses) e Henry (6 anos), precisou retirar seu útero após ser diagnosticada com uma doença depois do parto: a adenomiose. A efemeridade, cujos sintomas são variados, pode dificultar a gravidez e ainda tornar um simples ato natural, que é a menstruação, algo bem complicado.

Segundo Simone David, ginecologista do Hospital Santa Catarina, a adenomiose é uma doença frequente, porém pouco diagnosticada. "É uma condição que demora para ser diagnosticada devido aos seus sintomas inespecíficos. A doença é caracterizada pela invasão de células do endométrio no miométrio", explica a especialista.

O endométrio, parte do útero que descama durante a menstruação, acaba penetrando o músculo do útero, chamado de miométrio. Quando esse fenômeno acontece, pequenas lesões começam a surgir na parede do músculo do útero (miométrio).

Os mecanismos que levam a doença ainda não são totalmente conhecidos. Existem teorias sobre este fenômeno, porém, segundo a ginecologista, a idade é um fator. "A teoria mais aceita é que a adenomiose se associa a pequenas roturas da zona juncional, região de transição entre o endométrio e o miométrio. Quando acontece uma rotura nessa região, o endométrio consegue penetrar o miométrio e isso pode ocorrer devido a algum trauma cirúrgico", explica.

David esclarece que existe também uma teoria de que as mulheres têm contrações uterinas naturais que podem levar a incidência de pequenos traumas na região, que enfraquecem a barreira do miométrio, levando a adenomiose. Porém, ela afirma que a doença é mais frequente após cirurgias realizadas previamente no útero, como cesáreas.

Segundo a médica, qualquer cirurgia no útero (curetagem, parto, cesárias, histeroscopias, miomectomias) pode levar à quebra da barreira de transição entre o endométrio e o miométrio, fazendo com que o endométrio penetre o músculo do órgão (miométrio). "A penetração destas glândulas no músculo leva a adenomiose, aliás, qualquer trauma na região pode levar a incidência da doença", especifica.

Em relação aos critérios de risco de ter a doença, estão a menstruação precoce, obesidade, fatores hormonais, genéticos e imunológicos. Por isso, pode ocorrer em mulheres que não engravidaram, porém, segundo a ginecologista, são casos menos frequentes.

Sintomas

A adenomiose é uma doença benigna, mas ainda pode causar transtornos e diversas consequências na qualidade de vida das mulheres. "Em alguns casos, ela é assintomática. Já em outros casos, podem surgir sintomas como cólicas menstruais intensas, sangramento uterino irregular (às vezes com fluxo abundante), dores pélvicas, dores ao ter relações sexuais, aumento no tamanho do útero (levando a sintomas compressivos), dificuldade para engravidar, e pode também levar a abortos", informa David. 

Vale notar que não existem sintomas específicos associados a doença, o que pode levar a uma demora para obter um diagnóstico.

Tratamentos

O tratamento pode ser clínico, hormonal ou não-hormonal. Se estas alternativas não forem bem-sucedidas, existe o tratamento cirúrgico. "O tratamento clínico pode ser feito com DIU hormonal, pílulas anticoncepcionais, progestagênios, agonistas da hormona libertadora de gonadotrofina (agonista da GnRH), inibidores de aromatase, gestrinona, anti-inflamatórios ou antioxidantes", esclarece a médica. 

Existe também o tratamento conservador cirúrgico, que consiste na remoção dos cistos de dentro do útero. Esse procedimento, segundo a ginecologista, pode ser complexo, pois a adenomiose costuma a ser difusa e, muitas vezes, microscópica. Por isso, é difícil tirar todos os focos do útero.

E também, é possível optar pelo tratamento radical, que consiste na retirada no útero, que foi o caso da cantora Simone. "Para as pacientes que objetivam engravidar, o grande desafio é preservar o útero", explica David.

A cirurgia radical, chamada de histerectomia, é indicada no caso do não funcionamento dos demais tratamentos citados. Ela é indicada também quando a mulher não deseja mais ter filhos. "Se uma paciente não quer mais ter filhos e já passou por outros tratamentos que não funcionaram, a histerectomia é indicada", finaliza.

Consultoria: Simone David, ginecologista com especialização em cirurgia minimamente invasiva e Robótica

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