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Quem nunca tomou um remédio sem prescrição médica quando surgiu aquela dorzinha de cabeça? Veja quais são os perigos de se automedicar!
- Dentre os perigos de se automedicar estão: dependência e desenvolvimento de dor crônica. FOTO: iStock.com/Getty Images

Conheça os perigos de se automedicar e evite esse hábito!

Quem nunca tomou um remédio sem prescrição médica quando surgiu aquela dorzinha de cabeça? Veja quais são os perigos de se automedicar!

Quem nunca tomou medicamentos sem consultar um especialista? Quando o problema é dor de cabeça então, daí é que muita gente tem um remedinho bom, uma fórmula mágica que já deu certo com você ou com alguma pessoa conhecida. Saiba, porém, que a automedicação, apesar de ser muito comum, pode trazer danos muitos sérios à saúde. Estudos realizados por uma equipe de neurologistas do Hospital Geral Meier, em Israel, demonstraram quais são os perigos de se automedicar e que o uso exagerado e sem recomendação médica de analgésicos comuns pode acabar desencadeando uma dor de cabeça crônica. “O abuso no consumo de analgésicos por conta própria pode levar uma pessoa a sofrer com dor de cabeça todos os dias”, explica o neurologista José G. Speciali, professor associado de neurologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

Resposta orgânica

Um dos perigos de se automedicar é que os medicamentos que deveriam aliviar a dor de cabeça acabam agravando o problema. Nosso corpo produz, em pequenas e balanceadas quantidades, quase tudo o que o organismo necessita para se defender de dores ou infecções. Ou seja, produzimos analgésicos naturais. Assim, quando começamos a consumir muitos medicamentos industrializados, o corpo entende que não precisa mais produzir as substâncias que amenizam as dores. A conseqüência disso é que a dor se torna constante e só pode ser resolvida com o consumo de mais remédios. É um ciclo que só tem solução com auxílio médico.

Mulher na farmácia

Nenhum remédio deve ser tomado sem prescrição médica – Foto: Shutterstock

Os perigos de se automedicar: estatísticas

Não há no Brasil dados específicos sobre a automedicação apenas em casos de dores de cabeça. No entanto, a Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Abifarma) estima que cerca de 80 milhões de brasileiros tomam remédios sem recomendação médica. Ou seja, mais de 40% da população. Pesquisa desenvolvida por cientistas da Universidade Federal do Paraná constatou que aproximadamente 50% dos curitibanos que se automedicavam consumiam analgésicos. Destes, 43,5% tomavam o medicamento na tentativa de combater sintomas da cefaleia.

Remédio certo, na ocasião certa

Um dos fatores que estimula a automedicação é a dificuldade em se conseguir horários para uma consulta com o médico por meio do sistema público de saúde — dilema que, não raro, também afeta quem é atendido por algum convênio particular. Mesmo estimulando a prática danosa, o fato não pode ser usado como desculpa, sobretudo quando há alternativas disponíveis: “Dores de cabeça esporádicas, desde que não se enquadrem nos sinais de alerta (quando associadas a outros sintomas, por exemplo), podem ser tratadas com medidas não medicamentosas, trazendo bons resultados. Compressa fria, técnicas de relaxamento e acupuntura são alguns exemplos”, diz o neurologista Marcelo Mariano da Silva. Tais medidas não serão suficientes para a enxaqueca, é verdade. Porém, se for mesmo esse o quadro, só os analgésicos também não irão bastar. Sendo assim, a solução é procurar ajuda especializada.

Certos remédios podem piorar a doença, camuflar sintomas, provocar efeitos graves ou apenas não servirem para nada. Cuidado!

Automedicação: remédios que podem piorar as doenças

  • Vitaminas

Só devem ser tomadas quando há uma real necessidade até porque algumas, dependendo da dose, podem provocar doenças. A vitamina C, por exemplo, provoca distúrbios gastrintestinais e cálculo renal. A vitamina A, quando consumida por crianças, pode provocar hipertensão craniana.

  • Colírio

Sem a orientação do médico, a única coisa que se pode passar nos olhos é água limpa. O colírio tem princípios ativos, como corticoides e antibióticos, podendo mascarar ou piorar o quadro e, em caso de glaucoma, pode agravá-lo.

  • Laxante

Este medicamento leva a alterações intestinais. Em casos de intestino preso, pode perfurar o intestino. Em idosos, causa desidratação e alterações metabólicas. Em pessoas com tumor intestinal, em geral não diagnosticado, podem agravar a doença.

  • Xarope

A tosse pode ter várias causas, como infecção viral ou bacteriana, alergia, refluxo da hérnia de hiato e cancro das vias respirató- rias. O xarope pode ocultar o sintoma ou não ter efeito algum, fazendo com que a doença piore.

  • Antiácido

Este medicamento é muito usado para combater a dor de estômago. Este sintoma pode ser uma úlcera, um tumor, pancreatite e até um enfarte do miocárdio. O uso inadequado pode retardar o diagnóstico, comprometer o tratamento e expor o paciente ao risco de morte.

  • Cremes e pomadas

Cada um tem uma indicação adequada. O uso indiscriminado pode mascarar doenças, como cancro de pele, provocar dermatite de contacto, ou não ter efeito.

Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: José G. Speciali e Marcelo Mariano da Silva, neurologistas

 

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