Cor preta, com riscos brancos no dorso, pernas e cabeça. Apenas 0,5cm de comprimento. O ruído, de tão baixo, nem consegue ser ouvido pelo ser humano. Quanto aos voos, ultrapassar a marca de meio metro do solo seria um feito e tanto. Olhando a descrição, é difícil acreditar que o inseto, a princípio inofensivo, possa causar tantos estragos. Mas, a realidade sobre o mosquito Aedes Aegypti é completamente diferente.
Originário do Egito, o pernilongo-rajado hoje é difundido por todo o planeta, muito embora suas áreas preferidas sejam as regiões tropicais e subtropicais. Esmiuçando ainda mais os gostos do Aedes, podemos colocá-lo como morador das zonas urbanas e amante das épocas chuvosas. Alguns fatores contribuem para torná-lo um agente tão eficiente na transmissão de vírus. Entre os substanciais estão sua capacidade de adaptar-se ao meio e, principalmente, sua habilidade para reprodução.
Ainda que prefira água limpa, estudos já comprovaram que a fêmea do Aedes Aegypti também pode depositar seus ovos em água com maior presença de matéria orgânica. E por falar em ovos, em média são colocados cem de cada vez, distribuídos por diferentes pontos.

Foto: Shutterstock Images
Engana-se quem pensa que apenas grandes recipientes estão aptos para as larvas se desenvolverem. Mesmo uma casca de laranja ou uma tampinha de garrafa, desde que com um mínimo de água, podem servir como criadouros. Poucos mosquitos vivem mais de dez dias. Entretanto, quanto menos energia ele gasta para se alimentar e colocar seus ovos, maior o seu período de vida. Dessa maneira, o aglomerado urbano, recheado de criadouros em potencial e repleto de alvos para serem picados, facilita sua sobrevivência e, consequentemente, o processo de infecção das doenças que transmite – entre as quais estão a febre amarela, a chikungunya e, principalmente, a dengue.
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