Segundo o senso comum, o mundo pode ser separado em dois tipos de pessoas: as que enxergam o copo meio cheio e as que enxergam meio vazio. Em outras palavras: quem encara as situações com pensamentos positivos ou negativos.
Nessa simples comparação é possível identificar a ação do inconsciente nas nossas atitudes do dia a dia, afinal, grande parte da maneira de como lidamos com os problemas são reflexos dessa parte da mente. Assim, o pensamento positivo pode render bons frutos. “O poder da mente pode ajudar aquela pessoa que não desiste, mesmo sem o sucesso, com paciência e maturidade a acolher a sua frustração dando um novo significado e recomeçar com mais força”, afirma a psicopedagoga Edith Rubinstein.
Pensando positivo
Antes de atingir o nível do inconsciente, é preciso começar pelo consciente, a parte mais “acessível” da mente. O consciente, responsável, entre outras coisas, pelo nosso raciocínio e percepções, tem uma grande importância nos pensamentos positivos. “Pensar positivamente, seja através de práticas como visualizações ou afirmações daquilo que se deseja, normalmente encontra-se a nível consciente. Mas o inconsciente existe como uma parte muito mais profunda, vasta e desconhecida do que qualquer percepção racional que possamos ter”, explica a psicóloga Mirella Cobellis.
Portanto, ainda que a pessoa tente mudar seus hábitos e pensamentos, será modificado apenas uma pequena parte da mente: o consciente. Levando em consideração que o inconsciente é a parte que exerce maior influência em nós, tentar ver o copo meio cheio pode gerar um grande conflito interno.
Pensamentos negativos
É claro que ninguém viverá em um conto de fadas somente vendo o mundo positivamente. Seria ingenuidade pensar que não há o lado negativo em algumas situações e pessoas. A questão é não focar no ruim, já que ele pode trazer reflexos igualmente negativos para nossa vida.
“Quando o foco da pessoa está no negativo, isso a auxilia ficar em alerta, esperando o pior. Porém, focar somente no negativo traz prejuízos à saúde. Em contrapartida, levar uma vida em que o foco está no positivo tende a ser muito mais saudável e próspero”, afirma Mirella. “Alguém que só reclama, só vê os aspectos negativos, tem dificuldade nos relacionamentos e não convida à uma parceria, mesmo em um trabalho de grupo”, complementa Edith.
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Texto e entrevistas: Natália Negretti – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultorias: Edith Rubinstein, psicopedagoga e terapeuta familiar; Mirella Cobellis, psicóloga clínica