Semana passada, a FDA, agência americana reguladora de alimentos e medicamentos, aprovou o novo remédio para câncer que, pela primeira vez na história, trabalha com base em alterações biológicas do tumor, estimulando o próprio organismo a identificar a deficiência e atacar.
A fórmula descoberta age diretamente sobre a chamada instabilidade de microssatélite, uma alteração que acaba fazendo com que a célula que seria facilmente “consertada” continue defeituosa, podendo originar um câncer. O medicamento atua justamente nessa particularidade, ou seja, ainda que a mutação esteja na mama, no intestino, no pâncreas ou na pele, a ação do remédio continua efetiva.
A medicação, chamada de pembrolizumabe, é da farmacêutica MSD e já está disponível para comercialização nos EUA, mas pode ser usada exclusivamente se houver a presença da modificação, o que representa 5% de todos os pacientes com câncer.
Apesar de parecer um número pequeno, a nova droga abre portas para novos estudos. No Brasil, por exemplo, o pembrolizumabe ainda não foi aprovado para este fim e é usado apenas no tratamento do melanoma, um tipo de câncer agressivo que afeta a pele. Nos Estados Unidos, mesmo antes dessa descoberta, o princípio ativo já vinha sendo usado contra linfoma de Hodgkin e nódulos no pulmão.
É importante lembrar que o remédio ainda está na fase preliminar de pesquisa e a liberação foi feita com base nos resultados de 40% dos voluntários que notaram uma grande melhora depois de fazerem o tratamento e 78% mantiveram essa melhora por seis meses ou mais. Com a aprovação, novos estudos serão capazes de traçar com mais clareza a capacidade do medicamento que prioriza o câncer em si e traz um pouco mais esperança para quem já luta contra a doença.
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