“O Parkinson é uma doença neurológica que causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular e desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. Não é uma doença fatal, nem contagiosa, tampouco afeta a memória ou a capacidade intelectual da pessoa”, explica André Lima, neurologista.
Apesar disso, a vida da pessoa que apresenta Parkinson e de sua família sofre mudanças significativas ao longo do tempo. Portanto, adaptar a casa às necessidades do paciente é fundamental para garantir seu bem-estar.
Destino: casa!
Ao contrário de outras doenças que exigem que o tratamento seja feito por meio de internação em hospitais ou clínicas, o Parkinson permite que o paciente continue vivendo em sua própria casa. Inclusive, é possível que a pessoa more sozinha, mas tudo depende do estágio da doença.
“O Parkinson é ocasionado por uma disfunção na área do cérebro responsável pelos movimentos, principalmente aqueles que fazemos automaticamente, como andar, respirar e levantar. A internação só é indicada para os estágios muito mais avançados, quando já há comprometimento respiratório, por exemplo. Com tratamento adequado, incluindo medicamentos, fisioterapia e fonoaudiologia, o paciente pode ter uma vida independente, com qualidade, por muitos anos”, esclarece André.
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Parkinson exige alterações
As principais alterações que devem ser feitas na casa são as mesmas para um local no qual vive um idoso. “Algumas dicas do que alterar na residência são: piso antiderrapante, corrimão em banheiro, escadas… Se a pessoa já estiver com comprometimento motor, deve ter cuidado com escadas”, aconselha o neurologista. Conheça outras medidas que facilitam a vida do paciente, ajudando a superar as limitações ocasionadas pela doença:
*Organize a cozinha e o quarto, colocando os objetos mais usados em um lugar de fácil acesso;
*Evite a utilização de tapetes escorregadios;
*Se possível, instale um chuveiro de mão;
*Compre uma cadeira de banho;
*Instale barras de apoio nos cômodos mais frequentados pelo paciente.
É preciso contratar um cuidador?
Nem sempre essa medida é necessária, uma vez que depende do estágio da doença e de como o paciente se encontra. “É importante que a pessoa inicie uma fisioterapia e um trabalho de fonoaudiologia. A necessidade ou não de cuidador vai depender de cada caso”, finaliza o profissional.
Consultoria André Lima, neurologista