Quem não gosta de ouvir uma boa música? Esse momento, além de divertido, também faz bem ao cérebro. Pode ser clássica, jazz e até o bom e velho rock’n’roll.
Conforme publicado no Cochrane Collaboration Reviews, a musicoterapia tem ótimos resultados no cérebro, especialmente para a recuperação de lesão cerebral adquirida (LCA). Quem sofre de LCA apresenta limitações nas funções motoras, problemas com linguagem, prejuízo cognitivo, processamento sensorial limitado e distúrbios emocionais. Esses sintomas desencadeiam efeitos negativos profundos na qualidade de vida do portador. Os terapeutas cognitivos utilizam a musicoterapia com o propósito de remediação cognitiva, auxiliando na reabilitação dos pacientes com nenhuma ou pouca medicação.
Uma pesquisa feita na Finlândia, publicada na Nature Neuroscience, descobriu uma nova técnica sobre o processamento cerebral das músicas que analisa a percepção do ritmo, dos tons e do timbre, classificando os sons em cores. Os estudos comprovaram que grandes áreas do cérebro, como as redes neuronais responsáveis pelas ações motoras, emoções e criatividade, são ativadas quando ouvimos música.
As áreas límbicas, associadas às emoções, estão envolvidas no processamento do ritmo e dos tons. A compreensão do timbre depende da associação com a criatividade e a imaginação. Já os pulsos musicais acionam áreas relacionadas às ações motoras; daí a ideia de que música e movimento estão intimamente relacionados.
Além dos efeitos físicos desencadeados pela musicoterapia, a dopamina liberada no organismo, que funciona como um neurotransmissor, promove uma sensação de bem-estar. O nível de liberação da dopamina varia de acordo com a emoção e o prazer, por isso a música é tão eficiente nos tratamentos contra a depressão.
Som relaxante
“Escutar música promove um relaxamento no indivíduo através de uma interação entre o córtex auditivo e a amígdala, culminando na diminuição do nível de cortisol secretado pelas glândulas suprarrenais. Isso reduz o estresse e seus efeitos nocivos sobre o sistema nervoso”, diz Célia Roesler, neurologista da Academia Brasileira de Neurologia.
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Texto: Helena Ometto / colaboradora – Edição: Ricardo Piccinato