Ao tentar entender o que são serial killers, é importante salientar que não se trata especificamente de um transtorno psiquiátrico como a psicopatia. Primeiramente, o termo define um comportamento criminoso. “Os serial killers são assassinos que, através de um modo específico e pessoal, matam uma série de pessoas cujas características em comum se assemelham”, indica o neuropsicólogo Fábio Roesler.
Serial killers: o que são?
Alexandre Bez, psicólogo e escritor especialista no tema, complementa a fala de Fabio, afirmando que “trata-se de pessoas que têm o impulso ou o ímpeto em matar várias vezes”.
Suas vítimas possuem um mesmo perfil, por exemplo, mulheres com a mesma cor de cabelo, mendigos, idosos, crianças, prostitutas, e mesma faixa etária, raça, entre outras características, e são escolhidas ao acaso, por serem objeto dessa macabra fixação do criminoso. Esses homicídios são cometidos durante certo período de tempo, com pelo menos alguns dias de intervalo entre eles – mas esse intervalo pode durar meses ou anos.
É justamente a questão do espaço de tempo que diferencia o serial killer de outros tipos de assassinos. Os chamados spree killers (matadores impulsivos) podem matar várias pessoas em um tempo que varia de horas, dias e semanas, mas não têm critério algum e podem parar de matar quando bem entenderem – as vítimas é que são azaradas por estarem no lugar errado na hora errada.
Já os denominados matadores em massa assassinam quatro ou mais pessoas em um único lugar, num único evento. Geralmente, fazem isso contra um grupo ou para se vingar de alguma opressão ou violência que sofreu na vida – o atirador de Realengo, que matou 11 crianças numa escola do Rio de Janeiro em abril de 2011, se encaixa nessa categoria.
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Consultorias: Alexandre Bez, psicólogo e escritor especialista em relacionamentos e ansiedade; Fábio Roesler, psicólogo e neuropsicólogo com especialização em neurofeedback; livro Serial Killer – louco ou cruel? (Ilana Casoy, WVC Editora, 2ª edição); site Ilana Casoy (serialkiller.com.br).