A relação do ser humano com a maconha é mais antiga do que parece. E sim: da mesma forma que muitas descobertas e invenções do passado, ela também foi utilizada inicialmente pelos chineses. Conheça uma pouco mais sobre essa história.
Erva medicinal
Tudo começa há mais de 12 mil anos, com a descoberta de marcas de cordas feitas com fibras de cânhamo em um antigo vaso quebrado, próximo a Taiwan. As propriedades psicoativas ou medicinais da planta foram conhecidas muito tempo depois, pouco mais de 2.700 anos antes do nascimento de Cristo. A primeira farmacopédia do mundo, o Peng Ts’ao Ching, escrito pelo imperador chinês Shen Nung, recomendava o uso da erva para dores menstruais, prisão de ventre, malária e outros males do corpo. Tais propriedades medicinais também já eram conhecidas pelos hindus na mesma época.
Entretanto, o fumo da Cannabis sativa também era uma forma de se comunicar com as entidades espirituais, como o deus Shiva que, segundo a religião, vivia “chapado” pelos efeitos da erva. Tanto que, para se comunicar com ele, era necessário tomar bhang, uma bebida à base de cannabis extremamente forte.
Registros históricos comprovados mostram que as propriedades psicoativas da cannabis já eram conhecidas. Resíduos da substância, com mais de três mil anos, já foram encontrados próximo a um cemitério na Romênia, ao lado de um corpo mumificado de um sacerdote na China e até em múmias egípcias, o que sugere seu uso inicial em rituais religiosos.
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TEXTO Thiago Koguchi