Maio de 1789, o início da Revolução Francesa, marco histórico que definiu a passagem do mundo da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Um impasse entre os deputados travava a votação da Assembleia dos Estados-Gerais na França: o Terceiro Estado, formado pela burguesia e pelos camponeses, em maioria numérica, queria a contagem de votos por cabeça, enquanto o clero e a nobreza (o Primeiro e o Segundo Estado, respectivamente) defendiam o recolhimento de três votos apenas, um de cada ordem.
“Como clero e nobreza representavam a aristocracia, votariam sempre unidos contra o Terceiro Estado”, explica o historiador João Francisco Tidei de Lima, professor aposentado da Universidade Estadual Paulista (Unesp). No dia 20 de junho, uma determinação do rei Luís XVI fechou a sala de reuniões. O Terceiro Estado, que representava 96% da população, não teve dúvidas: encontrou um outro local para se reunir (a sala de Jogos da Péla) e se declarou Assembleia Nacional.
O grupo jurou solenemente que continuaria reunido até que o país tivesse uma Constituição. Em segredo, articulou a invasão e a tomada da prisão da Bastilha, símbolo do Absolutismo, onde conseguiu armas e deu início, de fato, à Revolução Francesa.
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Texto: Redação / Edição: Érika Alfaro / Consultoria: João Francisco Tidei de Lima, professor aposentado da Universidade Estadual Paulista (Unesp)