Ao longo dos anos, o ritual de exorcismo deixou de ser algo místico para ser encarado, pela Igreja Católica, como uma atitude de combate espiritual ao demônio. O mal passou a ser considerado como algo real que, de fato está presente por todo o mundo. Dessa forma, sacerdotes católicos têm se dedicado ao estudo do tema e à solução os casos de possessão, embora, há muitos anos, alguns padres tenham se tornado conhecidos por conta de seus desempenhos como exorcistas e publicações literárias.
A seguir, conheça um padre exorcista com destaque mundial por conta de seus feitos:
Mais de 30 mil exorcismos
O padre italiano Gabriele Amorth, pertencente à diocese de Roma, alcançou notoriedade por conta dos muitos rituais de exorcismo que praticou durante sua vida sacerdotal. Sua ordenação ocorreu em 1954 mas, apenas cerca de 30 anos depois, foi oficializado como exorcista. Em sua carreira, solucionou mais de 30 mil casos de possessão. Amorth publicou vários livros sobre exorcismos, contando detalhes sobre casos reais e explicando sobre o estudo da demonologia (ramo da teologia especializado em demônios).
Além disso, algumas obras enfatizam a necessidade do diagnóstico e do tratamento de problemas espirituais. O sacerdote já atendeu casos de pessoas que foram possuídas por vários demônios ao mesmo tempo. Em uma entrevista, ele afirmou que o pior ato que o demônio pode provocar é fazer com que as pessoas não creiam na sua existência e nem nos exorcismos. Tal ideia, segundo Amorth, também existe dentro da Igreja.
Associação de exorcistas
Com a desmitificação dos estudos sobre a ação de espíritos maus sobre as pessoas, a Associação Internacional de Exorcistas (AIE) tornou-se finalmente reconhecida juridicamente pelo Vaticano. A organização foi aprovada em junho de 2014 e reúne, atualmente, 250 profissionais, espalhados por 30 países. A ideia de criar a associação partiu do padre Gabriele Amorth. Ao lado de Amorth, na organização, estão outros padres. Um deles é o inglês (também graduado em medicina) Jeremy Davies, exorcista da Arquidiocese de Westminster, em Londres, na Inglaterra.
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Texto: Érica Aguiar