Quando chega a idade de castrar o animal, é normal pensar que o procedimento serve apenas para evitar a reprodução. Contudo, existe outro motivo importante para realizar a castração: a prevenção de doenças em cães e gatos. Além disso, ao ser castrado, o pet tende a ficar mais calmo, evitando também os comportamentos agressivos.
“Muitas fêmeas têm uma queda brusca na imunidade em toda fase de estro e desencadeiam sinais clínicos de patologias crônicas, como alergias, doenças autoimunes e diversas anomalias que até então estavam controladas. Já os machos, por sua vez, podem desencadear sinais clínicos de patologias toda vez que entram em contato ou tenham proximidade com uma fêmea no cio”, destaca a veterinária Juliana Andrade.
A médica explica ainda que cada sexo sofre com doenças diferentes quando o tutor não castra o bichinho. Nesses casos, gatas e cadelas podem desenvolver infecções uterinas, neoplasias mamárias e um comportamento diferente durante o cio, que favorece as fugas durante essa fase.
Já cães e gatos, além de neoplasias e alterações prostáticas, esses pets também podem se envolver em brigas com outros machos. Para os gatinhos, existe uma preocupação ainda maior: a contaminação por doenças virais letais ao passar dias fora de casa em contato com outros felinos.
Idade certa para a castração
Juliana indica quando cada espécie deve ser castrada, considerando o sexo e até o porte do pet. Veja só:
- Felino macho: a partir de 6 meses;
- Felina fêmea: a partir de 7 meses;
- Cães de porte pequeno e médio: a partir de 7 meses;
- Cães de porte grande e gigante: próximo aos 11 meses;
- Cadelas de porte pequeno e médio: após o primeiro cio;
- Cadelas de porte grande e gigante: após o segundo cio.
Cuidados após a castração:
“Logo após o procedimento, os animais vão para casa com a prescrição de tratamento pós-operatório, limpeza dos pontos e alguns cuidados de repouso nos primeiros dias pós cirúrgicos, como o uso de roupa cirúrgica para evitar que mexam nos pontos. Se trata de um procedimento seguro, sendo realizado por um profissional habilitado e cuidadoso quanto aos exames pré-operatórios dos pacientes”, orienta a especialista.
Outro aspecto pontuado pela veterinária é a questão do aumento de peso após a castração. Essa possibilidade precisa ser considerada, viu? Por isso, ela indica que o tutor esteja atento a vários fatores da alimentação, como a quantidade e qualidade do alimento oferecido. A dieta deve considerar características individuais de cada pet e ser orientada pelo médico-veterinário.
Fonte: Juliana Andrade, médica-veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária da FSG.