Recorrer à aromaterapia não é apenas uma exclusividade dos humanos, viu? Os pets, principalmente cães e gatos, também têm se beneficiado com o uso terapêutico de óleos essenciais para tratar diversos quadros, como enjoo, estresse, ansiedade e até fadiga. Extraídos de plantas, frutas e frutos, eles podem ser administrador por via oral, em gotinhas, com aplicação na pele, em roll-on, e por inalação.
“Seu mecanismo de ação é simples: após o início da terapia com o óleo essencial, acontece o estímulo e liberação de substâncias químicas no cérebro, o que, consequentemente, permite a regulação de várias funções do organismo”, explica a farmacêutica Renata Piazera, especialista em manipulação veterinária.
Indicações
Apesar de a aromaterapia se mostrar bastante benéfica aos pets e ser uma alternativa natural, isso não dispensa a orientação do veterinário, viu? Sobretudo para recomendar o aroma certo, a frequência de uso e as indicações corretas.
Para o tratamento dos animais, a farmacêutica destaca os cinco principais óleos essenciais e explica seus benefícios:
- Lavanda: possui propriedades calmantes e relaxantes, ótimas para estresse e ansiedade;
- Laranja doce: também tem função calmante e apresenta um aroma cítrico, ideal para acalmar a mente e aliviar sintomas de irritação;
- Hortelã-pimenta: alivia a tensão mental, a fadiga e ainda age combatendo os enjoos, pois reduz a sensação de náuseas;
- Gengibre: é outra alternativa para aliviar os enjoos, principalmente quando associado ao óleo essencial de hortelã-pimenta;
- Capim-limão: também conhecido como lemongrass, tem alto teor de óleo essencial em suas folhas, por isso, suas propriedades terapêuticas são muitas, como ação analgésica, anti-inflamatória, antibacteriana, antiviral, sedativa, digestiva, antirreumática, calmante, antitérmica, antiespasmódica, antimicrobiana — e ainda repele insetos, viu?
Cuidados importantes
Renata salienta que o olfato dos animais é muito apurado e a pele, sensível. Logo, os óleos essenciais não devem ser no rosto, olhos ou nariz. Ela recomenda que a aplicação seja feita na parte interna das orelhas ou na nuca, buscando sempre uma região com menos pelos. Além disso, escolher uma farmácia de manipulação qualificada é essencial.
“Os óleos essenciais são seguros desde que sejam preparados com a concentração permitida. Outro ponto é em relação à exposição do pet ao difusor: é de extrema importância que se verifique a indicação do óleo e do tempo de exposição permitido para cada espécie, caso contrário, a terapia pode ter o efeito adverso e ser prejudicial ao animal; e deve-se atentar também ao local do difusor, escolhendo lugares com uma 'área de escape' para ele sair, caso se sinta mal”, finaliza a especialista.
Fonte: Renata Piazera, farmacêutica especialista em manipulação veterinária, da Fórmula Animal.
