O termo vem do inglês (bully, que significa valentão, brigão), mas sua prática é bastante conhecida entre crianças e jovens de todo o mundo: o bullying. “Compreende toda e qualquer atitude agressiva, intencional e repetida, que ocorre sem motivação evidente, adotadas por um ou mais indivíduo contra outro(s), sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder”, define a pedagoga Bianca Acampora.
Bullying: desvendando o conceito
Muito além de ações físicas violentas, apelidos, ameaças e gestos, qualquer manifestação que gere mal-estar à vítima pode ser definida como bullying. Trata-se de algo sério que pode influenciar permanentemente a saúde mental e física de quem sofre com este mal.
Zombar de colegas da escola não é algo inédito das gerações atuais. Você deve se lembrar de algum momento em que foi motivo de chacota por ter muitas espinhas ou não conseguir jogar bem a bola, por exemplo. Ou então, do papel oposto, por ter tirado sarro de algum amiguinho que não conseguia completar o exercício na lousa ou que era fora dos padrões estéticos – neste caso, você fez o papel de bullie, a pessoa que pratica bullying. Na época, podia parecer uma brincadeira inofensiva, porém, a ciência descobriu que zombarias cruéis são capazes de marcar para sempre a vítima.
A questão fica ainda mais alarmante se levado em conta o número de jovens que sofrem bullying diariamente, principalmente nas escolas e nas redes sociais. De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, o bullying envolve cerca de 30% dos estudantes adolescentes, ou seja, um em cada cinco jovens no país sofre com esse problema grave.
LEIA TAMBÉM
Texto e entrevistas: Natália Negretti – Edição: Victor Santos
Consultorias: Bianca Acampora, pedagoga especialista em neurociência e aprendizagem; Júlio Furtado, psicopedagogo e doutor em Ciências da Educação.