Trata-se de uma técnica difundida pelo terapeuta e condutor de workshops Graham Lee, que destaca que ser mindful é como substituir o “eu estou me sentindo estressado” por algo como “sinto que há um estresse em curso”. Assim, a técnica da uva-passa consiste em, primeiramente, pegar uma uva-passa e observar, por meio do tato, como ela passa entre seus dedos. Depois, é hora de cheirá-la e pensar nas recordações que ela traz. Por fim, deve-se colocá-la na boca e sentir todos os seus detalhes com a língua.
“Parece fácil de início”, comenta o neurologista Martin Portner, “porém nota-se que é difícil prestar atenção nas mais simples tarefas do presente sem evitar que a mente volte a entrar no modo distração”.
Benefícios do mindfulness
Com ou sem a técnica da uva-passa, um dos principais pontos que pode justificar a prática do exercício meditativo é a melhora do rendimento nas organizações.
Um estudo realizado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que as pessoas, quando estão acordadas, passam cerca de 47% do seu tempo perdidas em pensamentos soltos, ou seja, praticamente metade do
dia com a mente “no mundo da lua”. É aí que o mindfulness tem sua participação — a meditação traz seu praticante para o presente, com foco no que acontece agora.
Com breves pausas no cotidiano da empresa, a prática proporciona um estado de atenção maior nos acontecimentos do dia a dia, assim como mais percepção do que está ao redor. O funcionário passa a se situar e concentrar melhor no que acontece aqui e agora, excluindo preocupações e distrações aleatórias e, como consequência, melhorando a produtividade em seu trabalho.
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Texto: Augusto Biason e Jéssica Pirazza/Colaboradores – Edição: Giovane Rocha
Entrevista: Victor Santos/Colaborador – Consultoria: Martin Portner, neurologista e especialista em mindfulness