Às vezes, bate aquela coceira nos ouvidos e não resistimos à vontade de usar cotonetes para limpar e higienizar as orelhas. Mas será que esse hábito é saudável? A cera de ouvido, também chamada de cerume pelos médicos, é responsável pela proteção dos ouvidos. Ela que evita a entrada de bactérias, fungos, vírus e corpos estranhos nos canais auditivos.
A cera
A cera de ouvido é produzida pela parte externa do canal auditivo, são aproximadamente 2 mil glândulas sebáceas e sudoríparas modificadas responsáveis pela secreção, quando combinada com pelos, peles mortas e outros detritos corporais, forma-se o cerume. A cera também é divida entre cera seca e úmida, essas particularidades são determinadas geneticamente.
Limpeza
A limpeza da cera do ouvido é realizada pelo próprio organismo, conforme a mandíbula se movimenta, o corpo se encarrega de expulsá-la dos ouvidos. Em casos mais complicados, cabe a um especialista a realização da limpeza.
Riscos do cotonete
Porém, se não limpar os ouvidos não é um opção para você, muito cuidado ao manusear o cotonete. “Limpar os ouvidos com hastes flexíveis pode causar uma lesão a esse órgão, que é muito sensível. Além de otites externas e sangramentos, também existem casos de infecções e lesões na membrana timpânica, como a perfuração do tímpano – e, em casos mais extremos, até surdez”, explica a otorrinolaringologista Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães. Outro risco que se corre é o de empurrar a cera para dentro do canal auditivo, deixando-a em um lugar onde a limpeza natural não ocorre.
Ouvido entupido
Quando o próprio organismo não consegue se livrar do cerume, a consequência é uma obstrução do canal auditivo. Alguns dos sintomas dessa situação são:
*Dor e perda da audição
*Zumbido e barulho nos ouvidos
*Coceira e secreção com mau odor
Somente um especialista pode realizar a limpeza do ouvido entupido, o procedimento adotado é a lavagem, em que, com o auxilio de uma seringa, ele introduz nos ouvidos um líquido capaz de retirar a cera entupida.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Rita de Cássia Cassou Guimarães, otorrinolaringologista
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