Alguma vez você já pensou ser uma pessoa difícil de ser amada? Ou se relacionou com alguém que nunca estava satisfeito com a relação e vivia cobrando atitudes suas? E já se sentiu insuficiente, como se tivesse que implorar por amor, sempre com a sensação de viver em uma corda bamba? Caso você tenha respondido “Sim” para uma dessas perguntas, então é bem provável que esteja vivendo uma codependência emocional.
As cenas do relacionamento de Gabi Martins e Guilherme Napolitano durante o BBB20 chamaram atenção do público e levantaram temas importantes sobre relacionamentos tóxicos e a dissonância entre sujeição emocional e amor.
A escritora e neurolinguista Bruna Stamato explica que a Codependência é considerada uma desordem psíquica, que gera uma série de transtornos emocionais em decorrência do medo excessivo de perder o parceiro, e, por julgar que a sua vida depende da permanência do outro. O que resulta na inabilidade em manter um relacionamento sadio.
Todos nós conhecemos alguém muito ciumento, inseguro e “estressadinho”, mas o que torna alguém codependente emocional é a excesso de todas essas características juntas. Bruna, autora dos livros “Nunca quis um Marido, Sempre quis um Companheiro” e “Você Merece um Amor Bom”, também explicou como identificar – e se livrar – de um relacionamento que está vivendo esse pesadelo sutil.
5 sinais de que você está em uma codependência emocional
Cuidado excessivo com o parceiro
O que se torna uma necessidade compulsiva em “ajudar” o outro e se antecipar aos seus problemas, querendo resolver de qualquer modo, mesmo que o outro diga que não há necessidade, e desta forma gerando uma anulação pela própria vida. Essa anulação própria implica em baixa autoestima, onde a pessoa começa a se culpar por tudo, a se julgar sempre inferior ao parceiro gerando assim cobrança exagerada de atenção e carinho o tempo todo.
Repressão das emoções
O codependente passa a reprimir seus impulsos, vontades e opiniões de tal forma que com o tempo pode ocorrer uma espécie de despersonalização, onde há uma ruptura da própria personalidade e incorpora-se algumas características da personalidade do parceiro, algo que se admire, uma forma de falar ou até o jeito de se vestir e gesticular.
Controle compulsivo
Cria-se uma necessidade de sentir-se no controle da relação. Por exemplo, cronometrando o tempo de resposta em uma conversa online ou até o tempo que o parceiro demora de um trajeto a outro.
Ciúme doentio
Proveniente da enorme insegurança e da certeza de que será abandonado ou traído, a pessoa cria um roteiro totalmente fantasioso na mente, e sem nem conversar ou pedir justificativas, acredita totalmente no que a mente inventou.
Chantagem emocional
A tentativa de reversão da culpa acaba se tornando prática comum dos que sofrem com a codependência emocional. Para manter o parceiro ao seu lado, o codependente é capaz de chantagear, manipular e até mesmo usar o sexo como moeda de troca para “prender” o parceiro e conseguir o que quer.
Diferença entre relacionamento tóxico e codependência emocional
A diferença se dá porque dependência emocional é um transtorno, qual na maioria das vezes a pessoa nem sequer sabe que sofre disso, e, por tanto não sabe a proporção do mal que está causando ao parceiro. Já em um relacionamento abusivo, o abusador sabe muito bem o que está fazendo e sente prazer nisso.
“Sabemos que todo relacionamento afetivo tem suas desavenças e que discussões muitas vezes são para aprendizados, mas não podemos achar que brigas rotineiras acompanhadas de ciúmes e medo irracional de perder o parceiro sejam normais. Amor não rima com dor! Se está doendo, é porque tem alguma coisa errada“, finaliza Bruna.
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