A precrastinação – que consiste na realização de tarefas de forma rápida, com o intuito de ver-se livre destas o quanto antes -, apesar de parecer benéfica, pode ser prejudicial ao seu estado emocional e, consequentemente, para a sua vida. Ela está diretamente ligada, por exemplo, à distração. Buscando terminar logo as obrigações, o indivíduo acaba empenhando-se nas menos relevantes, esquecendo-se das atribuições prioritárias.
Ansiedade à tona
A psicóloga clínica Leila Sleiman afirma que existe ainda uma relação entre a precrastinação e outras emoções, como a ansiedade. “Assim como os procrastinadores, os precrastinadores sentem-se muito ansiosos. Na ânsia de ver suas tarefas cumpridas, eles perdem também a oportunidade de ter mais ideias e insights em relação ao tema, o que poderia enriquecer seu trabalho”, reitera.
Essa preocupação leva o indivíduo a concluir suas obrigações rapidamente, transmitindo ao cérebro uma sensação de recompensa e alívio momentâneo. Segundo a psicóloga, a angústia volta logo que são identificadas pendências, intensificando o stresse e podendo desencadear quadros de insônia e exaustão física e emocional. “A pessoa pode perceber-se mais ansiosa, angustiada, inquieta, impaciente, tensa e estressada. A autoexigência e a autocobrança são muito presentes. O indivíduo sofre quando verifica que não completou as tarefas”, finaliza Leila Sleiman.
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Texto: Angelo Matilha Cherubini Edição: João Paulo Fernandes Consultoria: Leila Sleiman El Kadri, psicóloga clínica e atuante na área de terapia cognitivo-comportamental