A história da novela que marcou o Brasil se passava na cidade fictícia de Asa Branca. Sátira da exploração política e de fé popular, a trama teve início com a história de Roque Santeiro (José Wilker), um rapaz que, para salvar a cidade do bandido Navalhada (Oswaldo Loureiro), morreu em frente à igreja. Por conta deste ato de valentia, uma imagem de Roque foi inaugurada na praça e o monumento se tornou um local de devoção. No entanto, o rapaz, que, na verdade, estava vivo, reapareceu na cidade 17 anos após o ocorrido.
Roque Santeiro voltou
Com medo do mito do santo acabar, o padre Hipólito (Paulo Gracindo) e coronel Sinhozinho Malta (Lima Duarte) começaram a fazer de tudo para que Roque não desfizesse a mentira.
O triângulo amoroso
O coronel era amante da viúva Porcina (Regina Duarte) que, incentivada por ele, espalhou a história de que era noiva de Roque e se tornou famosa. Na realidade, ela nem conhecia o rapaz, mas com a chegada de Santeiro, a perua acabou se apaixonando e dividiu seu coração entre Malta e Roque.
A verdadeira noiva
Roque tinha uma noiva de verdade, Mocinha (Lucinha Lins). A jovem havia se mantido casta esperando o rapaz e, com a chegada dele, decidiu se entregar. No entanto, Santeiro a desvirginou, mas não se casou com ela. Ao final da trama, Mocinha enlouqueceu e ficou perambulando vestida de noiva pela cidade.
O drama final
No fim, Roque decide ir embora para manter a tradição do santo. Até o último capítulo, os telespectadores esperavam pela decisão de Porcina: ou embarca com Roque, ou fica em Asa Branca com Malta. Inspirado no clássico Casablanca (1942), de Michael Curtiz, a personagem Ingrid, no filme, decide ir, diferentemente de Porcina, que fica com o coronel.
Curiosidades
A novela foi grava em 1975 mas, censurada pela ditadura, só foi exibida 10 anos depois.
Claudia Raia, Maurício Mattar e Patrícia Pillar atuaram em novelas pela primeira vez em Roque Santeiro.
Ficha técnica: Roque Santeiro
• Emissora: Globo
• Capítulos: 209
• Autor: Dias Gomes
• Coautor: Aguinaldo Silva
• Exibição: 24 de junho de 1985 a 22 de fevereiro de 1986, às 20h
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Texto: Vitória Palmejani/Colaboradora | Edição: Érika Alfaro