A batata yacon é um alimento incomum, assim como o seu sabor e a sua textura: lembra o gosto da pera com o aspecto da batata. E, se você tem receio de acrescentá-la no prato, saiba que essa versão do vegetal possui um diferencial vantajoso: ela é capaz de reduzir as taxas de glicose do sangue e, mesmo sendo rica em carboidratos, é chamada de “batata diet”. A explicação para isso são os carboidratos do tipo frutanos encontrados na batata yacon. Eles agem no organismo de forma similar às fibras e fermentam rapidamente após serem ingeridos, o que facilita a absorção de minerais.
Aliada dos diabéticos, a batata yacon ajuda o organismo a controlar os níveis da glicemia. FOTO: Shutterstock.com
Fique por dentro da batata yacon
Com o nome científico de Smallanthus sonchifolius, ela é uma raiz originária dos Andes e foi, por muitos anos, cultivada pelo povo Inca. Sua produção no Brasil ainda é recente (pouco mais de 20 anos), e tem se espalhado por outros territórios devido aos seus benefícios. Entre eles está o fato de ser um alimento prebiótico, ou seja, suas raízes têm açúcares capazes de estimular o desenvolvimento de bactérias boas, que garantem a saúde do intestino, as chamadas bifidobactérias e lactobacilos.
Vantagem para diabéticos
O ponto positivo, para portadores da doença, se dá devido ao baixo índice glicêmico. Quando ingerida, ela atua diferente do que acontece com carboidratos simples como açúcar refinado. “Rica em fibras solúveis e prebióticos, a yacon vem sendo utilizada em pesquisas com diabéticos, já que seu consumo parece não aumentar a quantidade de açúcar no sangue”, destaca a nutricionista Robena Molinari. Mas vale o alerta: apesar de ser popularmente chamada de “insulina natural”, não substitui nenhum tipo de medicamento.
É mesmo batata?
A batata yacon é um tubérculo, porém, mesmo assim, não tem nada a ver com a famosa batata-inglesa e, por isso, não deve ser usada para substituí-la. Seu sabor é adocicado e tem muito mais água em sua composição, até 90% do seu peso total. Quanto ao valor calórico, são apenas 33kcal em cada 100g. Além disso, até a forma de consumo é diferente. Ela é consumida crua e é facilmente incoporada em pratos frios e sucos. Contudo, devido à quantidade de enzimas da classe polifenolxidases, após descascada, ela escurece com facilidade, sendo essencial a ingestão imediata.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Robena Molinari e Thaís Souza, nutricionistas
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