Em grandes quantidades, até uma bebida energética, como o café, que serve para deixar o corpo disposto, pode fazer mal ao organismo. O mesmo ocorre com a ansiedade. Em um nível regulado, esse sentimento serve como um combustível para o corpo, que a partir dela vai impulsionar você para a frente em atividades do dia a dia.
Ela também pode ajudar em casos que seja necessária uma ação mais imediata, como reagir a um acidente de carro iminente. Essa, na verdade, é uma herança dos nossos ancestrais, de tempos em que a luta e a fuga eram habilidades essenciais para a sobrevivência, sendo justamente a ansiedade a responsável por essas reações.
No entanto, em níveis desregulados, esse sentimento pode mais atrapalhar do que ajudar, dando origem aos transtornos ansiosos.
Descontrole total
Já imaginou ficar nervoso a todo momento, com uma situação que nem aconteceu ainda e pode nem vir a ocorrer? Como consequências, sono deixa de ficar regulado, o desespero por não sentir que está no controle aumenta gradativamente, a paciência se esgota facilmente e, mais que sintomas psicológicos, o corpo começa a sentir os efeitos — taquicardia, respiração desregulada, sudorese, tremedeira — tudo isso por momentos em que não justificam tal esforço mental e físico.
Claramente, a ansiedade em níveis desproporcionais pode causar diversos prejuízos à saúde, mas como a psicóloga e psicoterapeuta Andreia Calçada explica, “é uma emoção normal, na verdade ela é positiva, até um determinado limite, um combustível para que a gente se mexa, para que a gente cresça e busque pelo necessário para cumprir as nossas necessidades”.
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Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador – Edição: Augusto Biason/Colaborador
Consultorias: Andreia Calçada, psicóloga, psicoterapeuta e especialista em neuropsicologia; Julieta Guevara, psiquiatra e diretora da Neurohealth ó Centro de Métodos Biológicos em Psiquiatra, no Rio de Janeiro (RJ); Odair Comin, psicólogo e especialista em hipnoterapia.