É provável que você acorde todos os dias no mesmo horário ao som já conhecido do despertador do celular. Ao se levantar, checa rapidamente as redes sociais enquanto se dirige ao banheiro para tomar banhou e escovar os dentes. Ao sair de casa, faz o mesmo ritual de verificar se está com a chave do carro, o crachá da empresa ou os livros para a aula. E, assim, a cena se repete por muitos dias. Raramente notamos que certas atitudes que tomamos ao longo do dia se tornaram ações tomadas que se repetem com frequência e regularidade. Entenda qual a função dos hábitos!
Além da necessidade de que se repitam todos os dias, como o ato de tomar banho, elas adquirem uma questão prática, ou seja, não é preciso pensar ou raciocinar muito. No entanto, às vezes eles ficam tão “enraizados” no dia a dia que podem afetar a nossa produtividade. Para mudar certos hábitos que podem prejudicar nosso rendimento, é necessário entender como funcionam. Em seu livro O Poder do Hábito – Por Que Fazemos o Que Fazemos na Vida e Nos Negócios, o jornalista Charles Duhigg explica que o hábito é formado basicamente por três elementos: o gatilho, a rotina e a recompensa.
O gatilho atua no desencadeamento dos acontecimentos que se passam no nosso dia a dia. Quando o despertador toca, nossa mente sabe que é hora de acordar. Por fazermos isso quase todos os dias, criamos uma rotina a partir desse comportamento. A partir disso, desenvolvemos o sistema de recompensa, o fator motivador principal de um hábito. Em um primeiro momento, a criação da rotina é algo positivo para o ser humano. “A repetição de comportamentos é uma proteção do nosso cérebro.
É uma ferramenta para que descansemos nossa mente e assim possamos aprender coisas novas”, ressalta a especialista em desenvolvimento pessoal Taty Nascimento. Tanto que uma pesquisa da Universidade Duke, dos Estados Unidos, calculou que 40% do nosso dia é composto por comportamentos automáticos: são cerca de 9 horas diárias vivendo sob o controle de hábitos arraigados, como tomar banho e escovar os dentes.
Entretanto, a repetição das atividades pode condicionar a pessoa a certos comportamentos que podem prejudicar a produtividade, como a procrastinação. É aí que o hábito se torna algo negativo. “É difícil abandonar hábitos por conta da zona de conforto com que as pessoas estão acostumadas, ou porque exigirá delas mais estudos ou mudanças, e o ser humano resiste em mudar”, explica a coach Alessandra Fonseca.
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Texto: Redação Edição: Angelo Matilha Cherubini
Consultorias: Alessandra Fonseca, coach e sócia-proprietária da ConsultaRH; Taty Nascimento, especialista em desenvolvimento pessoal, criadora do canal Vida com Método