Com um número tão expressivo entre os jovens em relação ao medo de perder a memória conforme a idade avança, a solução mais viável para essa parcela é combater o esquecimento prevenindo-o. O psicólogo e especialista em programação neurolinguística Plínio de Souza explica que o melhor a se fazer para fortalecer as lembranças é desenvolver o cérebro, uma vez que o órgão, assim como os músculos, é aprimorado conforme é mais utilizado.
“A pessoa pode se colocar para estudar algo diariamente, como algum idioma ou qualquer atividade em que possa praticar a memória e passar por avaliações”, pontua. Uma possibilidade apresentada pelo especialista é trabalhar com técnicas especificamente voltadas para a memorização, como fazer listas de tarefas diárias sem anotar em lugar nenhum.
Por exemplo, “se a pessoa quer memorizar ligar para o filho e pedir a ele ir ao supermercado, mandar um e-mail para o João e consertar a janela, ela pode imaginar o filho surfando em cima de um telefone gigante em cima de uma onda de produtos do supermercado e, de repente, o João cai no colo dele e os dois continuam surfando até ambos se esborracharem na janela de sua casa”, ilustra Plínio.
Por mais esquisito que pareça o método, criar situações diferentes e fantasiosas ajuda o cérebro a registrar as informações. Outra opção, como afirma a médica e geriatra Roberta França, é, além de realizar atividades com muita calma e foco, praticar jogos, “como caça-palavras e jogo da memória, assim como leitura constante, que exige concentração e retenção das informações lidas. Pequenas mudanças também ajudam a ativar novas áreas cerebrais, por exemplo, mudar o trajeto de casa e ouvir músicas que você habitualmente não ouve”, aconselha a médica.
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Texto: Giovane Rocha Edição: Angelo Matilha Cherubini
Consultorias: Plínio de Souza, psicólogo e especialista em programação neurolinguística; Roberta França, médica geriatra, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e da Associação Brasileira de Neuropsiquiatria Geriátrica (ABNGP) e professora da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).