Descontar na comida o estresse diário é opção de muitas pessoas. Porém, o que elas não conseguem identificar é que essa atitude pode ser indício de um quadro de ansiedade. Não é de hoje que é possível associar os problemas emocionais ao apetite.
Como diferenciá-las?
A psiquiatra especialista em transtornos alimentares Ana Clara Floresi explica: “fome é uma sensação emitida pelo cérebro que sinaliza que o organismo necessita receber alimentos. Já a ansiedade é um fenômeno adaptativo, presente em todos os indivíduos, cuja função é preparar a pessoa para uma luta ou fuga, diante de um perigo imediato e real”. É normal sentir ansiedade em alguns momentos da vida, porém é preciso saber identificar quando ela não tem motivo para acontecer.
Atenção!
“Com o estresse do dia a dia é comum procurar compensações, principalmente à noite ao chegar em casa e relaxar. Nesse momento, a comida entra como a válvula de escape, e perde-se assim o controle da ingestão na procura por alimentos que deem prazer, os chamados ‘comfort food’ (ricos em gordura e/ou açúcar) e em quantidades exageradas”, destaca a nutricionista Ana Raquel Bucar.
Ajuda especializada
De acordo com Ana Clara, é necessário procurar ajuda de um profissional da saúde quando a ansiedade é desproporcional à sua origem e passa a impactar diretamente na rotina da pessoa. “A busca por tratamento do transtorno de base, incluindo uma avaliação psiquiátrica, é a melhor forma de controlar sintomas alimentares relacionados e secundários a síndromes ansiosas ou depressivas”, comenta.
Saiba mais:
Conheça alguns alimentos indicados contra a depressão
3 transtornos mentais não tão comuns (mas surpreendentes)
Como o corpo reage a situações de estresse?
Consultoria Ana Clara Floresi, psiquiatra; Ana Raquel Bucar, nutricionista;