A sensação é que você está prestes a explodir. O cérebro já não trabalha da mesma forma e seu corpo começa a agir de uma forma estranha. Seria uma ataque cardíaco? Um acesso de raiva? Estaria perdendo a sanidade? Ou apenas um reflexo do estresse?
Uma crise de estresse é o sinal de que o nível tolerado pelo organismo já passou da conta. É uma forma de ele dizer que algo não está nada bem. “Durante uma crise, o corpo e o cérebro ficam sob um número excessivo de estímulos, sejam eles sensoriais ou mentais, que levam o funcionamento psíquico e, muitas vezes, até fisiológico, à exaustão”, explica a psicóloga Valéria Lopes da Silva.
A psicóloga Priscila Camile Barioni Salgado lembra que o estresse é uma reação natural do ser humano ligado à natureza de seus ancestrais que precisavam ativar um sistema de alerta todas as vezes que se sentiam em perigo. “Nos animais, a reação comum ao estresse é a fuga, o ataque ou a camuflagem. Os humanos, porém, reagem de inúmeras outras formas, por meio de respostas físicas, cognitivas e emocionais”, conta a especialista.
É possível identificar alterações em diversas partes do corpo, como o aumento repentino da pressão e dos batimentos cardíacos, tensão muscular e sudorese. Há ainda uma descarga de hormônios, que contribui para a manutenção do quadro estressante, e o nível de atividade cerebral dispara. Dores de cabeça também são bastante comuns.
Passado o momento de grande estresse, o corpo se autorregula e volta ao normal — o que não significa que outras crises estão descartadas. Nem todas as pessoas vão reagir da mesma maneira, porém, alguns sintomas são comuns.
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Consultorias: Priscila Camile Barioni Salgado, coordenadora do curso de psicologia da Faculdade Anhanguera, de Campinas (SP) – unidade Taquaral; Valéria Lopes da Silva, professora do curso de psicologia da Anhanguera de Anápolis (GO).
Texto e entrevistas: Natália Negretti – Edição: Augusto Biason/Colaborador