Parece mágico tudo o que o inconsciente faz, não é mesmo? Ele é capaz de controlar muitas das nossas ações. Apesar de se manifestar tão sutilmente, ele é essencial para a sobrevivência humana, influenciando em muitos quesitos da vida. Tamanha importância levanta um questionamento: é possível dominá-lo?
Controlar a mente
A resposta, porém, não é algo tão simples. “Controlar o inconsciente talvez não seja o termo mais adequado. É possível treinarmos nossa mente para que haja predomínio de padrões comportamentais positivos. Para isso, um caminho a seguir é detectar quais são esse programas que estão em nosso inconsciente e servem para nos ajudar e quais aqueles que nos atrapalham”, explica o especialista em medicina comportamental José Carlos.
A neurociência está empenhada em decifrar os programas envolvidos no inconsciente e como seria possível acessá-los. Contudo, é uma área bastante complexa e a senha de entrada ainda é um enigma.
Com ajuda da psicologia
A psicologia, por meio de algumas vertentes de estudo, principalmente a psicanálise também tem ajudado nesta tarefa. A literatura encontra-se dividida em duas principais vertentes: de um lado, psicanalistas e humanistas usam o termo inconsciente remetendo aos conceitos do pai da psicanálise Sigmund Freud e, de outro, outras expressões como: processos implícitos (neurociência da memória), subliminares (psicologia social) ou automáticos (psicologia cognitiva).
Independentemente do ramo, por meio de sessões de psicoterapia, é possível refletir sobre ações e pensamentos, trazendo à tona algumas reflexões que podem ajudar a mudar nosso comportamento, por exemplo. A psicanálise defende que os sonhos seriam uma ferramenta para decifrar a senha, mas é fundamental o auxílio profissional.
Sistema complexo
Definir inconsciente e sua atuação é bastante subjetivo. Porém, até onde a ciência sabe, há algumas áreas do cérebro envolvidas no processo, pois possuem redes neuronais localizadas no córtex pré-frontal e estruturas subcorticais. A maioria de tais estruturas estão envolvidas com o hipotálamo, tálamo e amígdala.
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Consultoria: José Carlos Carturan, especialista em medicina comportamental.
Texto: Natália Negretti