Evelyn Regly se define como ‘Blogueira por Paixão’ desde 2002. Formada em Sistemas para Internet pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro e personalização de temas para plataformas, o sucesso veio com seu canal do Youtube, onde posta desde 2013. Entrevistamos a blogueira na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, após a sessão de autógrafos com os fãs no lançamento do livro. Confira:
Alto Astral: De onde surgiu sua motivação para virar Youtuber?
Evelyn Regly: Eu era muito fã, e hoje amiga da Camila Coelho. Ela faz uns vídeos de maquiagem maravilhosos e foi aí que comecei a me inspirar e me deu vontade de fazer vídeos também. Comecei me inspirando nela e, uma coisa que eu sempre falo, não adianta apenas se inspirar, você tem que mostrar o seu jeito de ser. Logo, como estava muito parecido com ela, não deu certo, eu criei o canal só por criar e sempre que fazia um vídeo de maquiagem eu não gostava… Fui postar vídeos só uns dois anos depois, mostrando meu jeito de ser, e foi aí que realmente bombou o canal.
AA: De onde surgiu o #Ehtudovaca?
ER: Vaca sempre foi parte da minha vida! Desde que eu era pequena minha mãe sempre me zoava. Por exemplo, não lavei a louça, ela vinha com um “Não lavou a louça, né sua vaca?”, meu pai falava também… Lá em casa a gente sempre se chamava assim, de vaca. Mas o que bombou realmente a hashtag foi num vídeo de dia dos namorados, eu estava contando a história sobre uma menina do shopping que, sempre que eu passava, ela me entregava o papel com o maior desânimo e, no dia que eu passei com o Diego, meu namorado, ela foi totalmente meiga e animada. E ai, no vídeo eu falei, ‘É tudo vaca mesmo, né?’. No dia seguinte minha timeline estava lotada de posts com o pessoal concordando e foram eles, os fãs, que criaram a hashtag. A partir daí eu fiquei conhecida como a “Vaquinha Mais Querida do Brasil”.
AA: Como apareceu o convite de publicar o livro? Como foi o processo de criação?
ER: Eu já queria lançar o livro, porque, com todas essas histórias de relacionamentos abusivos e empoderamento feminino, eu senti que precisava alertar as meninas com relação a isso. E eu já tinha até começado a escrever o livro há dois anos, mas, daquele jeito. Às vezes escrevia muito, às vezes não escrevia nada. Foi então que veio o convite da Astral Cultural e trouxe a força de lançar o livro.
AA: Dois milhões de fãs no canal… Como foi aprender a lidar com isso?
ER: Foi muito do nada que aconteceu. Começou a bombar rápido e que comecei a perceber o crescimento quando ia no shopping comprar alguma coisa e levava uma hora, no outro dia duas… Agora eu não posso mais ir no fim de semana, só durante a semana e de manhã, que é mais fácil.
AA: Como você lida com o carinho e o assédio dos fãs?
ER: Quando eu fiz a festa de dois milhões, eu chamei 100 fãs e o primeiro agradecimento que eu fiz foi para eles, porque, se não fosse cada um deles eu não estaria aqui. Não teria lançado livro, não estaria trabalhando com o que eu gosto, não estaria fazendo vídeo pro Youtube, então, sempre agradeço cada um deles. E sempre que um deles fala: “Eu te vi e fique com vergonha de te chamar”, eu já respondo para eles pararem, que se me encontrar pode chamar sim, nunca vou negar uma foto e sempre busco ser o mais acessível possível porque, pra mim, isso é um grande reconhecimento do meu trabalho.
AA: Quais os seus planos futuros? Pode adiantar alguma coisa?
ER: Tenho um projeto de engravidar, apesar de não poder ser agora, planejo engravidar em breve e, quando tiver acontecido, criar um canal no Youtube para mamães, mas para mamães loucas, porque eu sei que vou ser um mãe bem fora do normal. Também tenho um projeto de uma ONG, que é uma coisa que eu ainda não posso dar muitos detalhes, mas que quero ajudar de verdade, porque, pra mim, ajudar financeiramente é fazer muito pouco ainda. Quero participar, ir lá, nos bastidores, pôr a mão na massa, e começar, de preferência, já em janeiro do ano que vem. E já tenho o projeto de um segundo livro pro ano que vem também.
AA: Evelyn Regly por Evelyn Regly?
ER: Eu sou uma pessoa simples, que veio de uma família pobre, não paupérrima, mas uma família humilde que batalhou muito pra conseguir as coisas. Sou uma pessoa que nunca mudou a essência e uma pessoa simpática, alegre e feliz. Essa sou eu.
AA: E por último, qual o conselho que você dá pra quem quer virar youtuber?
ER: Não fique criando expectativas! Não que não possa sonhar. Acredite em você, mas não fique buscando uma coisa que você ainda não tem, porque, o problema de quando eu comecei para hoje, é que hoje tem um ‘boom’ do Youtube e as pessoas querem chegar onde alguns youtubers já estão e, quando eu comecei, não queria chegar a lugar nenhum, então, quando as coisas vão acontecendo naturalmente é muito mais gostoso. Para não se frustrar continue fazendo com muito amor e se dedique àquilo.
Texto por Denis Lira
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