A cantiga infantil diz: “Um elefante incomoda muita gente. Dois elefantes incomodam muito mais”. Quem a criou certamente estava se referindo ao seu nada modesto tamanho e peso, que o faz ocupar muito espaço e, com toda sua força, provocar um belo estrago por onde passa.
O que nem todo mundo tem consciência é que, por mais que pareça um tanto quanto desastrado, o elefante é um dos animais mais fantásticos da natureza.
Tromba amiga
Uma pesquisa publicada pela revista científica PeerJ ilustra o quanto a vida dos elefantes é muito mais complexa do que se pode imaginar. O estudo observou o comportamento de 26 animais em um santuário ao norte da Tailândia, no período entre abril de 2008 e fevereiro de 2009. Os espécimes observados apresentavam entre 30 e 60 anos e não incluíam os machos adultos – estes, quando atingem a maturidade sexual, abandonam a manada e passam a vagar sozinhos ou em pequenos grupos de outros machos.
A grande descoberta dos cientistas foi como os elefantes usam a tromba para se comunicarem entre si. Quando se assustam, além de projetarem as orelhas, rugirem e erguerem ou encolherem o rabo, também costumam emitir um ruído sonoro grave com a tromba, o que, quase sempre, faz com que outro membro do grupo rapidamente se aproxime para prestar socorro.
E acredite: mesmo gigantes, eles podem se sentir ameaçados pela simples aproximação de cães, serpentes, humanos ou qualquer criatura que movimento o gramado à sua volta.
Aliás, confortarem-se mutuamente é uma característica típica dos elefantes, em que a tromba exerce um papel fundamental: é através do toque dela na genitália e nas demais partes do corpo de outro elefante que eles conseguem se reconhecer e, mais ainda, perceberem o estado de ânimo uns dos outros.
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Texto: Redação Alto Astral Edição: Nathália Piccoli