“O amor é paciente, o amor é prestável; não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, nem guarda ressentimento, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Os dizeres do Hino da Caridade serviu de inspiração ao Papa Francisco aconselhar os casais para um matrimônio abençoado. Confira!
Dicas para um matrimônio abençoado
Previous Next PACIÊNICIA. “Ter paciência não é deixar que nos maltratem ou tolerar agressões físicas. O problema surge quando exigimos que as pessoas sejam perfeitas, ou esperamos que se cumpra unicamente a nossa vontade. Se não cultivarmos a paciência, sempre acharemos desculpas para responder com ira, acabando por nos tornarmos pessoas que não sabem conviver e a família se tornará um campo de batalha”, explica o papa. (Foto: Reprodução/Pexels) SEJA PRESTATIVO. “O amor não é apenas um sentimento, mas deve ser entendido no sentido de fazer o bem. o amor deve ser colocado mais nas obras do que nas palavras. Assim poderá mostrar toda a sua fecundidade, permitindo-nos experimentar a felicidade de dar, a nobreza e grandeza de doar-se super abundantemente, sem calcular nem reclamar pagamento, mas apenas pelo prazer de dar e servir”, reflete o santo padre. (Foto: Reprodução/Freepik) CURE A INVEJA. “A inveja é uma tristeza pelo bem alheio, demonstrando que não nos interessa a felicidade dos outros, porque estamos concentrados exclusivamente no nosso bem-estar. Enquanto o amor nos faz sair de nós mesmos, a inveja leva a centrar-nos em nós próprios. O verdadeiro amor aprecia os sucessos alheios, não os sente como uma ameaça, libertando-se do sabor amargo da inveja”, diz o pontífice. (Foto: Reprodução/Pexels) NÃO SEJA ARROGANTE. “Na vida familiar, não pode reinar a lógica do domínio de uns sobre os outros, nem a competição para ver quem é mais inteligente ou poderoso, porque esta lógica acaba com o amor. A atitude de humildade aparece aqui como algo que faz parte do amor, porque, para poder compreender, desculpar ou servir os outros de coração, é indispensável curar o orgulho e cultivar a humildade”, explica o papa. (Foto: Reprodução/Pexels) SEJA AMÁVEL. “Um olhar amável faz com que podemos toler e unirmo-nos ao outro num projeto comum, apesar de sermos diferentes. O amor amável gera vínculos, cultiva laços, cria novas redes de integração. Neste caso, não haveria espaço para a amabilidade do amor e a sua linguagem. A pessoa que ama é capaz de dizer palavras de incentivo, que reconfortam, fortalecem, consolam, estimulam”, reflete o pontífice. (Foto: Reprodução/Pexels) DESPRENDIMENTO. “Como se diz muitas vezes, para amar os outros, é preciso primeiro amar-se a si mesmo. Uma certa prioridade do amor a si mesmo só se pode entender como condição psicológica, pois uma pessoa que seja incapaz de se amar a si mesma sente dificuldade em amar os outros: 'Para quem será bom aquele que é mau para si mesmo? Não há pior do que aquele que é avaro para si mesmo'”, reflete o santo padre. (Foto: Reprodução/Pexels) SEM VIOLÊNCIA INTERIOR. “Se a primeira dica nos convidava à paciência, que evita reagir bruscamente perante as fraquezas ou erros dos outros, agora diz respeito a uma reação interior de indignação. Trata-se de uma violência interna, uma irritação que nos põe à defesa perante os outros, como se fossem inimigos a evitar. Alimentar esta agressividade íntima, de nada aproveita. Serve apenas para nos adoentar, acabando por nos isolar”, diz o papa. (Foto: Reprodução/Pexels)
PERDÃO. “Quando estivermos ofendidos ou desiludidos, é possível e desejável o perdão; mas ninguém diz que seja fácil. A verdade é que a comunhão familiar exige, de facto, de todos e de cada um, pronta e generosa disponibilidade à compreensão, à tolerância, ao perdão, à reconciliação. Hoje sabemos que, para se poder perdoar, precisamos de passar pela experiência libertadora de nos compreendermos e perdoarmos a nós mesmos”, explica o santo padre. (Foto: Reprodução/Pxhere) ALEGRE-SE COM OS OUTROS. “Alegra-se como bem do outro, quando se aprecia suas capacidades e as suas boas obras. Isto é impossível para quem sente a necessidade de estar sempre a comparar-se ou a competir, inclusive com o próprio cônjuge, até ao ponto de se alegrar secretamente com os seus fracassos. A família deve ser sempre o lugar onde uma pessoa que consegue algo de bom na vida, sabe que ali se vão congratular com ela”, reflete o papa. (Foto: Reprodução/Pexels) TUDO DESCULPA. “Não exijo que o outro seja perfeito, ama-me como é e como pode, com os seus limites, mas o facto de o seu amor ser imperfeito não significa que seja falso ou que não seja real. É real, mas limitado e terreno. Por isso, se eu lhe exigir demais, me fará saber, pois não poderá, nem aceitará desempenhar o papel de um ser divino, nem estar ao serviço de todas as minhas necessidades. O amor convive com a imperfeição e desculpa-a”, diz o papa. (Foto: Reprodução/Pexels) CONFIA. “Não é necessário controlar o outro, seguir minuciosamente os seus passos, para evitar que fuja dos meus braços. O amor confia. Concluindo, uma família, onde reina uma confiança sólida, carinhosa e, suceda o que suceder, sempre se volta a confiar, permite o florescimento da verdadeira identidade dos seus membros, fazendo com que se rejeite espontaneamente o engano, a falsidade e a mentira”, explica o santo padre. (Foto: Reprodução/Pexels) ESPERA. “Aqui aparece a esperança no seu sentido pleno, porque inclui a certeza de uma vida além da morte. A pessoa é chamada à plenitude do Céu: lá, completamente transformada pela ressurreição de Cristo, cessarão de existir as suas fraquezas. Isto permite-nos contemplar aquela pessoa com um olhar sobrenatural, à luz da esperança, e aguardar aquela plenitude que, embora hoje não seja visível, receberá um dia no Reino celeste”, reflete o papa. (Foto: Reprodução/Pixabay) TUDO SUPORTA. “Consiste em superar qualquer desafio. Na vida familiar, é preciso cultivar esta força do amor, que permite lutar contra o mal que a ameaça. O amor não se deixa dominar pelo ressentimento. Deixa-me maravilhado a atitude das pessoas que, para se proteger da violência física, tiveram de separar-se do seu cônjuge e foram capazes de procurar o seu bem, em momentos de doença ou dificuldade. Isto também é amor que apesar de tudo não desiste”, diz o papa. (Foto: Reprodução/Pixabay) LEIA TAMBÉM
Texto: Camila Ramos/Colaboradora