Você já imaginou seu filho ganhando dinheiro para criar games? Essa é a realidade de muitas crianças e adolescentes atualmente. Marcelo Hodge Crivella, diretor executivo da Redzero, uma escola de games e entretenimento digital, conta que a indústria criativa de modo geral está em crescimento. “O mercado de games já fatura mais que o de cinema e música juntos, girando cerca de 90 bilhões de dólares por ano. Essa é uma indústria que atrai uma margem grande de faixa etária e interesses”, afirma o empresário. Ele conta que esse mercado cresce de 9% a 15% todos os anos. “Isso está acontecendo pelo quinto ano consecutivo”, informa.
Pra começar
Crivella conta que, em sua escola, tem se surpreendido com alunos criadores de games a partir dos 10 anos. “Com a internet, qualquer conteúdo audiovisual pode ser disponibilizado para o mundo. Com isso, percebemos uma onda de pequenos desenvolvedores independentes disponibilizando seus games on-line em busca de financiamento ou feedback”, diz. Para quem está interessado nesse ramo, o empresário informa que a Redzero oferece três aulas gratuitas para a criança ver se realmente quer entrar para o mercado. “Será uma oportunidade para o interessado ter um primeiro contato com elementos de manipulação de imagem, esculturas 3D e edição de vídeos”, completa.
Pequeno criador
Filipe Lacerda Benevides, tem 13 anos, mora em Brasília, e já trabalha como game designer e programador. Ele fez um curso e garante que o quanto fatura depende muito das vendas de publicidade ou do próprio game que cria. Seus jogos preferidos são os de estratégias.
“Nunca fui um bom jogador e acho que esse foi um dos motivos para começar na área de criação”, explica Filipe. Conciliando os games com a escola, ele tem o apoio dos pais para seguir essa carreira.
“Eu falo para os futuros programadores, artistas, independente da área, que se dediquem ao máximo e não desistam. Uma coisa que os jogos me ensinaram é que quanto mais difícil a missão, melhor será a recompensa”, finaliza.
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