As amígdalas fazem parte de um complexo de defesa da cavidade oral do organismo, porta de entrada de diversos vírus e bactérias. As infecções nas amígdalas correspondem a 70% das inflamações de garganta e, quando acontecem de maneira crônica, são um verdadeiro incômodo para os pacientes. Por isso, muita gente opta pelo procedimento de remoção, que pode reduzir os riscos cardiovasculares, melhorar a qualidade de vida e diminuir as infecções. Para isso, o diagnóstico precisa ser feito por um pediatra, clínico ou otorrinolaringologista. A seguir, confira por que o problema acontece e quando retirar as amígdalas é uma opção.
Quando é feita a cirurgia
A inflamação nas amígdalas pode acontecer por origem viral, em seguida a quadros de gripe ou outras viroses respiratórias. Porém, também podem ter origem bacteriana. Neste caso, é preciso tratar com antibióticos. Segundo o otorrinolaringologista Wallace Nascimento, cinco infecções por ano nas amígdalas, em dois anos seguidos, ou três infecções por ano em três anos seguidos, já é indicação para cirurgia. “Casos de infecções mais graves, como abscesso nas amígdalas, também são indicação para a retirada. A cirurgia é indicada tanto para crianças quanto para adultos, mas as crianças recebem mais indicação por estarem mais suscetíveis às infecções de repetição e também por causa das alterações de crescimento, estatural ou até na formação da face”, explica o médico. Nos adultos, além das infecções de repetição, a indicação pode acontecer quando uma amígdala cresce mais do que a outra ou nos casos em que ela é muito grande e provoca ronco e apneia do sono.
Quais são os incômodos após o procedimento?
Com relação ao pós-operatório, nas crianças, a recuperação da cirurgia é muito boa. Em cerca de sete a dez dias, a criança já é liberada para voltar às atividades. Nos adultos, a cirurgia incomoda mais. Geralmente são recomendadas duas semanas para voltar às atividades normais, mas a maioria se recupera bem. “É importante ressaltar que cerca de 70% das infecções da garganta são virais, portanto a grande maioria não precisa ser tratada com antibióticos. Se persistir, é importante procurar o otorrinolaringologista para que seja feita essa diferenciação: se a causa é bacteriana, que necessitará de antibiótico, ou se é viral, que deverá passar por tratamento sintomático apenas e acompanhamento”, explica o especialista.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Wallace Nascimento, otorrinolaringologista do Hospital Adventista Silvestre
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