As mudanças fazem parte da vida, mas nem sempre estamos preparados, pois algumas têm um impacto significativo em nossas vidas. Há as desejadas, como um casamento, uma nova casa, um novo emprego, entrar na faculdade… Nessas situações, temos uma sensação de ganho e, nos sentimos bem. Outras mudanças, porém, não são desejadas nem planejadas, como uma doença. Aí temos uma sensação de perda que pode nos afetar de maneira muito acentuada, nos entristecendo e deprimindo. Virgínia Satir, terapeuta americana e mãe da terapia familiar, desenvolveu um modelo muito interessante e prático, com 5 passos que resumem como o processo de mudança acontece. Confira abaixo!
1º passo
Segundo Virginia, vivemos em determinado Status Quo, ou seja, uma situação de vida onde trabalhamos em um local, temos ou não uma determinada família, moramos num bairro, levamos a vida de certa maneira.
2º passo
Surge, então, o chamado Novo Elemento, desejado ou indesejado, que chacoalha o status quo. Esse novo elemento pode ser qualquer uma das mudanças que falamos anteriormente, algo que chega e muda tudo.
3º passo
Essa chacoalhada na vida nos leva ao que Virginia chamou de Caos. O mundo não é mais o mesmo e isso nos leva a uma sensação de incerteza, porque, de fato, não sabemos o que vai acontecer ou para aonde vamos. Pode ser um alívio saber que não enlouquecemos, é apenas uma fase que vai passar. Nas grandes perdas da vida, pode ser o momento de luto, da dor. Muitas vezes, o caos traz sensações físicas de ansiedade e tensão. É importante saber que isso faz parte da experiência humana para que possamos acolher os novos aprendizados que dela decorrem.
4º passo
O ciclo de mudança não termina no caos. Depois vem o Ponto de Escolha. Esse é um momento interessante, no qual temos a opção de voltar a um padrão anterior ou tomar uma nova direção.
5º passo
Em seguida, vem outra fase importante, a dos Novos Aprendizados e Práticas, ou seja, do nosso comprometimento em adotar hábitos a partir dos novos aprendizados. Aqui cabe ressaltar a importância de nos cercarmos de recursos que nos mantenham no caminho da opção que tivemos. Esses recursos podem ser um terapeuta, um coach ou até amigos, esporte, meditação, cuidado na alimentação… É fundamental ter em mente que, se não adquirimos novos hábitos na vida, dificilmente a mudança positiva se estabelecerá.
Consultoria Ana Guitián Ruiz, Coach; Virgínia Satir, terapeuta
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