O maestro João Carlos Martins está internado, em São Paulo, com embolia pulmonar. O músico participaria hoje (25.01), da apresentação do Hino Nacional no “Jogo da Amizade” entre Brasil e Colômbia, com o intuito de homenagear as vítimas da tragédia da Chapecoense.
Embolia pulmonar é uma consequência da trombose e tem tratamento, mas é preciso ficar atenta aos sinais. Entenda mais sobre a doença, a seguir!
João Carlos Martins sofre da doença desde mais novo
Em entrevista ao portal G1, o maestro João Carlos Martins explicou que não foi nada tão grave e que está com um coágulo no pulmão. Acrescentou: “Quando tinha 26 anos cheguei a ficar 60 dias em um hospital por causa de embolia pulmonar.” Ele completará 77 anos em junho deste ano.
O quadro de saúde dele permanece estável e João Carlos Martins está respondendo bem aos tratamentos.
O que causa a embolia pulmonar
A embolia pulmonar é um problema de saúde derivado da trombose, que pode se formar comumente nas pernas, mas também em membros superiores ou no pescoço. Forma-se um coágulo que ‘passeia’ indevidamente pelo organismo, chegando até o pulmão.
Segundo Karen Rigoni, cirurgiã vascular, a formação do coágulo dentro da veia é desencadeada pela presença de um ou mais dos seguintes fatores: lesão da parede interna da veia, dificuldade do sangue circular ou aumento da viscosidade sanguínea.
Existem outros fatores de risco que podem aumentar a possibilidade de desenvolver a doença:
- Pessoas com mais de 40 anos;
- Pessoas que passaram algum tempo com a mobilidade reduzida, como em viagens prolongadas, por exemplo;
- História prévia de trombose venosa profunda (TVP) e histórico familiar da doença;
- Varizes de membros inferiores;
- Obesidade;
- Uso de hormônios;
- Gravidez;
- Procedimento cirúrgico;
- Internação hospitalar;
- Câncer e quimioterapia;
- Trombofilias, que são condições congênitas – que nasceram com a pessoa – ou adquiridas que facilitam a formação de coágulos, como o caso do maestro João Carlos Martins.
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Tem tratamento
O objetivo principal do tratamento é evitar a embolia pulmonar e também as sequelas nas pernas. “A medicação utilizada é chamada de anticoagulante, composta por remédios que ‘afinam’ o sangue, mas que não dissolvem o trombo. Atualmente o tratamento da TVP pode ser feito na própria residência do paciente, sem necessitar de internação hospitalar”, explica a médica. Mas, mesmo sem internação, a orientação médica é indispensável para o diagnóstico correto.
Dados sobre embolia pulmonar
- A mortalidade da embolia, quando não tratada, é de 30%, mas é reduzida para 2% a 8% quando o diagnóstico é feito e o tratamento adequado é instituído;
- Os sintomas dependem do tamanho e localização do coágulo. Pode ser assintomática, ter sintomas leves como falta de ar, tosse e dor no peito, ou, nos casos mais graves, com insuficiência respiratória, hipotensão e colapso circulatório;
- É importante procurar atendimento médico caso tenha algum desses sintomas e/ou fator de risco para trombose.
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Consultoria: Karen Rigoni, cirurgiã vascular
Texto: Jussara Tech – Edição: Loyce Policastro/Colaboradoras
Fonte: Revista Malu Semanal, ed. 735