Histeroscopia nada mais é que um exame que permite a visualização da vagina e suas partes mais internas, como cavidade uterina, colo uterino e tubas. “Com ele é possível a realização de biópsias dirigidas e a intervenção cirúrgica de patologias da camada interna do útero, conhecida como endométrio”, indica Mércia Loureiro, ginecologista. O procedimento é uma revolução na área ginecológica, pois permite a avaliação do canal uterino e pequenas cirurgias sem necessidade de internação.
1. Como esse exame é feito?
São divididos em dois tipos:
- Diagnóstico: é realizado no consultório utilizando anestésico tópico. A paciente é colocada em posição ginecológica e, dessa forma, insere-se o instrumento com câmera acoplada com luz, onde é possível a captação e transmissão de imagem. Dessa forma, avalia-se a regularidade das paredes, o endométrio (camada interna do útero) e os óstios tubários (início das trompas). “O procedimento é rápido. A paciente sai andando normalmente, podendo voltar às suas atividades normais”, destaca Mércia.
- Cirúrgico: é feito em nível hospitalar através de um sistema denominado Day Clinic, isto é, em curto espaço de tempo. “Com isso, há redução de custos e tempo de internação, recuperação mais rápida e retorno das atividades profissionais em curto prazo”, explica. Diferente do primeiro, esse procedimento necessita de anestesia
2. Porque é importante?
Através da histeroscopia é possível fazer o diagnóstico mais preciso de sangramento uterino anormal, causado por miomas, pólipos cervicais e endometriais, hiperplasia de endométrio, e até mesmo o câncer de endométrio. Também é possível a retirada de certos problemas uterinos.
3. Pode ocorrer complicações no exame?
“A incidência de infecção é rara e ocorre mais em pacientes diabéticos e imunodeprimidas”, ressalta a especialista.
4. É doloroso?
Ao passar o histeroscópio através do canal uterino, a paciente pode notar um desconforto, como se fosse uma cólica, mas varia de acordo com a pessoa. Em casos de biópsias e retiradas de pólipos, a sedação (anestesia geral) ou bloqueio (raquidiana) é usada.
5. Existe faixa etária ideal?
O exame pode ser realizado em jovens e idosas, porém isso se dá conforme a consulta com o ginecologista.
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6. Tem periodicidade?
Não tem um tempo definido para voltar a fazer o exame. Depende do problema individual, como aponta Mércia: “o ginecologista, juntamente com o histeroscopista, deverá definir a necessidade de repetir ou não o procedimento”. Esse não é um exame de rotina. Portanto, ele não é pedido sem uma razão específica. Antes disso é necessária avaliação clínica, exame físico e laboratorial, principalmente a ultrassonografia.
7. Quais as contraindicações?
“A histeroscopiao é contraindicada em casos de gestação e câncer de colo de útero pré-diagnosticado”, ressalta a ginecologista.
Consultoria Mércia Loureiro, ginecologista