Envelhecimento é a maior causa do Alzheimer; chances de desenvolver dobra a cada 5 anos

Devido ao envelhecimento do cérebro, prevalência do Alzheimer dobra a cada 5 anos. Porém, a doença pode se manifestar antes mesmo da terceira idade

- FOTO: iStock.com/Getty Images

Esquecer-se é algo normal. Quem nunca esqueceu onde deixou a chave da casa? Não se lembrou de uma reunião no trabalho ou de uma prova no colégio? Ou, ao encontrar uma pessoa conhecida na rua, foi difícil de recordar o nome dela. O esquecimento pode acontecer por conta de episódios de estresse, ansiedade e também depressão. Porém, também decorre de um processo natural: o envelhecimento.

“Com a idade e o envelhecimento cerebral, pode ocorrer prejuízo da memória e dificuldade para recordar fatos e detalhes”, aponta o psicólogo Roberto Debski. Porém, o esquecimento excessivo é popularmente conhecido por ser um dos sintomas de um distúrbio: a doença de Alzheimer. “Nela, a perda de memória é progressiva, severa e acompanhada de outros sintomas que afetam a rotina da vida diária”, diferencia Roberto.

Quando a idade pesa

Estudos mostram que a incidência e a prevalência das demências aumentam com a idade. Segundo a geriatra Fernanda Terribili, a chance de ocorrer alguma demência, como o Alzheimer, dobra a cada 5 anos, a partir dos 60 anos de idade. “Entre os 65 e 69 anos, a prevalência é de 1,53%, atingindo 44,48% aos 95 anos”, indica a especialista.

Porém, não apenas a progressão da idade é um fator de risco. “Apesar de raro, pessoas mais jovens podem apresentar síndromes demenciais, sendo observado mais como sequela de traumatismo cranioencefálico grave, acidentes vasculares encefálicos ou raras doenças causadas por mutações genéticas”, aponta Fernanda.

Demência?

A doença de Alzheimer é hoje a causa mais comum de demência. No passado, era comum dizer que alguém era demente; porém, assim como termos como “caduquice” e “esclerose”, hoje o termo não é mais usado para descrever alguém com Alzheimer.

Na verdade, demência é uma denominação mais abrangente, que classifica enfermidades que comprometem de diversas formas as funções cerebrais e os neurônios – as células básicas que compõem o cérebro. Além disso, a denominação “mal de Alzheimer” também já se encontra em desuso.

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Consultorias: André Gustavo Lima, neurologista, membro do Departamento Científico de Doppler Transcraniano da Academia Brasileira de Neurologia e membro do Departamento Científico de Acidente Vascular Cerebral da mesma instituição. Aristides Brito, neurologista com pósgraduação em neuropsicologia; Fernanda Terribili, geriatra da clínica Doktor’s, em São Paulo (SP); Roberto Debski, psicólogo, coach e master trainer em Programação Neurolinguística; Suyen A. Miranda; gerontóloga da Velhice Com Carinho.

Texto e entrevistas: Ricardo Piccinato – Edição: Augusto Biason/Colaborador

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