Confira dicas para conviver bem com a asma da infância à velhice

Por ser uma doença inflamatória e crônica, ela acompanha o paciente durante toda a vida! Por isso, separamos algumas dicas para conviver bem com a asma. Leia abaixo e cuide-se!

- Asma, infelizmente, não tem cura! Mas pode ser tratada. Fique de olho! FOTO: iStock.com/Getty Images
As doenças crônicas são aquelas que não se curam em até três meses, e persistem por mais de seis. Alguns exemplos são o diabetes, a AIDS e a conhecida asma. Popularmente chamada de “bronquite asmática”, é um problemas inflamatório de causa alérgica que leva à falta de ar e chiado no peito. O paciente, muitas vezes, sofre com limitação para atividades físicas e esportivas, perda da qualidade do sono e emergências desnecessárias. A boa notícia é que existem dicas para conviver bem com a asma ao longo da vida!
Ou seja, por não ter cura, essa doença exige um cuidado constante e acompanhamento médico. Caso contrário, podem haver complicações sérias. Os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) de 2015 apontam que as enfermidades crônicas não transmissíveis foram a causa de cerca de 72,6% das mortes no Brasil. Por esse motivo, separamos dicas para conviver bem com a asma e saber como se cuidar.

Fase vulnerável

Dicas para conviver bem com a asma

É na infância que as pessoas ficam mais vulneráveis a doenças respiratórias. FOTO: Shutterstock.com

Por terem o sistema imunológico mais fraco, as crianças são mais suscetíveis às doenças virais e bacterianas, desenvolvendo a asma durante a infância. Quando começam a frequentar a escola, também é comum que fiquem mais gripadas. Para os bebês e crianças que já têm a predisposição genética a desenvolver a bronquite asmática, todos esses fatores se tornam riscos à saúde.

No caso deles, “a amamentação é extremamente importante, porque aumenta a proteção do bebê contra vírus respiratórios, que são os gatilhos de crises de asma nessa fase”, explica Iara Fiks, pneumologista. Além disso, fique sempre atendo ao fatores de risco para a doença. Alérgenos (como ácaro, poeira, mofo e pelos de animais), poluição, ambientes fechados, produtos químicos com odores fortes e mudanças climáticas são outros elementos desencadeadores das crises de asma em todas as idades.

Na vida adulta

Dicas para conviver bem com a asma

Tabagismo é um dos fatores de risco para desenvolver a asma. FOTO: Shutterstock.com

Muitos pacientes com asma na infância deixam de apresentar os sintomas de falta de ar e crises, abandonando o tratamento e o acompanhamento médico por acharem que se curaram. É possível ter controle total da doença, mas lembre-se: a asma não tem cura!

Mesmo sem apresentar crises frequentes, o paciente pode manifestar a doença, principalmente durante as mudanças de estação, em casos de infecções respiratórias e após exercícios físicos rigorosos. A obesidade e o estresse estão relacionados com a piora da asma em todas as idades.

Terceira idade

Dicas para conviver bem com a asma

Na terceira idade, os problemas respiratórios se tornam mais frequente. FOTO: Shutterstock.com

“Com a idade, a musculatura dos pulmões perde a elasticidade e a respiração se torna mais difícil, provocando cansaço. O sistema imunológico dos idosos é mais frágil, o que dificulta a identificação da asma. A doença apresenta sintomas similares aos de doenças cardíacas e outras doenças respiratórias e seus indícios podem ser confundidos com sinais de envelhecimento. Por isso, a asma costuma ser subdiagnosticada nos idosos”, explica Iara. A partir dos 60 anos, a preservação da capacidade respiratória é fundamental, já que está ligada com a capacidade de trabalhar e ser independente. Por isso, cuide-se!

Diagnóstico e tratamento em todas as faixas etárias

A asma não tem cura, mas pode ter seus sintomas controlados, conferindo maior qualidade de vida! A especialista ressalta que, apesar do diagnóstico ser mais difícil em crianças com até 5 anos, é importante não negligenciar sinais de que algo está errado.

De acordo com a Iniciativa Global para Asma (GINA), alguns alertas são: apresentar sintomas mais de duas vezes por semana, ter problemas para dormir, utilizar medicamento de resgate também mais de duas vezes por semana e ter limitações na rotina devido à asma. Para identificar a bronquite, crianças a partir dos 6 anos podem realizar o exame de espirometria, conhecido como teste do sopro.

Dicas para conviver bem com a asma

Broncodilatadores são a melhor forma de tratamento. FOTO: Shutterstock.com

Já o tratamento, Iara explica que é através do corticoide inalatório, hormônios que possuem ação anti-inflamatória.”Existem dois tipos de broncodilatadores: beta adrenérgicos e anticolinérgicos. O tiotrópio é o único anticolinérgico aprovado para o tratamento da asma. Ele melhora a função pulmonar e pode reduzir em 21% o risco de exacerbações da asma. O medicamento é indicado para asma em adultos no Brasil desde 2015 e, aguarda a aprovação da ANVISA para a indicação voltada para o tratamento de crianças a partir dos 6 anos. O tratamento da doença tem o objetivo de prevenção e controle, não apenas nos momentos de crises”, finaliza.

 

Texto: Rebecca Crepaldi/Colaboradora | Consultoria: Iara Fiks, pneumologista e doutora pela faculdade de medicina da USP

 

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