Entenda como a meditação influencia seu cérebro

A meditação pode ser muito benéfica para o cérebro, uma vez que ajuda a combater a ansiedade e o estresse, além de melhorar capacidades cognitivas

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Um estudo de 2011, liderado por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, demonstrou que meditar diariamente por oito semanas foi o suficiente para ocorrerem mudanças consideráveis no cérebro. A pesquisa levou em conta os resultados de 16 participantes, que realizavam uma média de 27 minutos de meditação por dia.

A amígdala, grupo de neurônios que exerce papel importante na ansiedade e no estresse, teve uma diminuição de densidade na matéria cinzenta. Outra região afetada foi o hipocampo, que sofreu um aumento na estrutura neural. Essa área tem função em processos como a aprendizagem, a memória e a compaixão.

silhueta mulher meditação

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Segundo o neurologista e especialista em mindfulness Martin Portner, esses resultados são palpáveis no dia a dia. “Quase todas as áreas cerebrais se tornam alvo de um processo de reorganização positiva guiado pela meditação. Além disso, o cérebro muda em relação aos comportamentos prossociais. Os neurônios espelho, adaptados para reproduzir os sentimentos de outro ser humano em nós mesmos, nos empoderam com a qualidade da empatia”, completa o profissional.

Portner esclarece que essas mudanças agem em duas frentes poderosas dentro da disposição cerebral: a primeira diz respeito às camadas mais externas do cérebro, onde os meditadores apresentam uma maior densidade cortical. Nestas, alojam-se “os neurônios articuladores do pensar, sentir, decidir e prosperar”, conforme expõe o especialista.

Além disso, a ínsula e o córtex cingulado se mostram mais robustos nos praticantes de meditação. Essas regiões, segundo Portner, “são fundamentais para integrar os impulsos emocionais com a autoconsciência (como quando nos perguntamos ‘por que estou sentindo isto, neste momento?’) e mediar um processo de decisão de maior significado”.

A segunda perspectiva envolve o fortalecimento de uma membrana chamada mielina, que reveste os neurônios e permite uma articulação mais veloz.

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Texto e entrevista: Angelo Matilha Cherubini/Colaborador – Edição: Giovane Rocha/Colaborador

Consultoria: Martin Portner, neurologista

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