Se você fica incomodado(a) com cada notificação que a(o) namorada(o) recebe no smartphone ou se não gosta muito que ela(e) saia com os amigos, uma coisa é certa: você tem ciúme! Mas, calma, não precisa surtar. Em um relacionamento que envolva sentimentos amorosos, é comum que o indivíduo sinta insegurança com a possibilidade do sentimento afetivo diminuir. Porém, quando isso se torna algo constante, infundado e acompanhado de atitudes irracionais, que acabam afetando a vida dos envolvidos, pode ser um caso de ciúme patológico, quadro que existe ajuda de um especialista.
Quando se torna doença
No entanto, quando esse sentimento de cuidado começa a se tornar excessivo e causar danos aos envolvidos, o ciúme deixa de ser algo aparentemente inocente e se torna uma doença. Ele é considerado um transtorno psiquiátrico denominado “ciúme patológico” e ocorre quando “começa a interferir na rotina da pessoa, causando sofrimento ou atrapalhando a vida”, define a psiquiatra, Hebe de Moura.
Segundo a psicóloga Marina Vasconcellos, o ciumento deseja controlar a vida do parceiro, desconfiando de tudo e todos: quer saber com quem conversou, onde esteve, que horas chegou, além de querer checar o celular e as redes sociais do outro. “Em geral, acaba controlando tudo o que o outro faz e a relação vira uma verdadeira prisão, caso o parceiro entre nesse jogo doentio.
Qualquer situação que passaria despercebida perante as pessoas é motivo de questionamentos e checagens para o ciumento”, indica Marina. A relação é tomada por discussões constantes, e a pessoa nunca está satisfeita com respostas ou justificativas, uma vez que a dúvida sempre persiste.
Tratamento do ciúme patológico
Quando o ciúme atinge níveis patológicos, é preciso ser rapidamente tratado; do contrário, pode causar reações extremamente perigosas e afetar tanto a vida do parceiro quanto a do próprio ciumento. Basicamente, o tratamento é um conjunto entre a o tratamento é um conjunto entre a psiquiatria e a psicoterapia. Enquanto a primeira trata os sintomas, por meio da medicação, a segunda busca as causas para se tratar o ciúmes.
“A pessoa precisa cuidar da insegurança que a faz sentir-se tão ameaçada pelos outros, assim como de sua autoestima. É preciso entender seu modo de funcionamento e as dinâmicas da vida para melhorar e posicionar-se diferente perante suas relações amorosas”, esclarece Marina.
Faça o teste e descubra se você pode estar sofrendo de ciúme patológico, lembrando que é sempre importante buscar um acompanhamento médico que possa proporcionar o bem-estar para ambas as partes.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Hebe de Moura, psiquiatra e terapeuta; Marina Vasconcellos, psicóloga e terapeuta familiar
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