Quem fizer a posição de flor-de-lótus agora irá garantir mais do que pura meditação. Pesquisadores americanos da Universidade da Califórnia (EUA) encontraram evidências de que a meditação fortalece as ligações entre as células cerebrais. O estudo foi publicado no periódico Frontiers in Human Neuroscience e comprova que quem medita controla a introspecção e a consciência com mais precisão, além de haver uma significativa redução de estresse, afinal o indivíduo precisa se concentrar em somente uma coisa: sua respiração.
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Foram avaliados 38 voluntários, dos quais 23 praticavam a meditação há pelo menos 20 anos e 16 meditavam apenas esporadicamente. Exames de ressonância magnética mostraram uma grande diferença entre as estruturas cerebrais dos dois grupos. Quem meditava regularmente apresentou uma quantidade maior de dobras no córtex cerebral do que os demais voluntários, especialmente na ínsula, área relacionada ao controle emocional e autocontrole.
Outro estudo, da Harvard Medical School (EUA), em parceria com o instituto de neuroimagem da Alemanha e a Universidade de Massachussets (EUA), publicado na revista Psychiatry Research: Neuroimaging, revela que a meditação melhora os sintomas da esclerose múltipla e previne a depressão.
Após oito semanas de meditação, houve um aumento na concentração de massa cinzenta no hipocampo. Isso aponta uma melhora nas regiões envolvidas com aprendizagem, memória, emoções e diminui o estresse e a ansiedade. O aumento dessa massa cinzenta também é benéfico porque nessa região há uma maior concentração de neurônios. Sendo assim, o quadro de esclerose múltipla é minimizado com a manutenção dos neurônios que levam os impulsos aos músculos.
Até então, acreditava-se que nós apenas perdíamos neurônios ao longo da vida. Contudo, foi comprovado que eles podem nascer também, ou seja, o cérebro adulto tem a possibilidade de ser moldado.
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Texto: Helena Ometto / colaboradora – Edição: Ricardo Piccinato
