Seguir uma religião é uma escolha pessoal, mas está comprovado que ter fé e crer em Deus trazem benefícios físicos além dos psicológicos. A explicação para esse fenômeno está na nossa estrutura neurológica. O médico Andrew Newberg, especializado em neurofisiologia da experiência religiosa, pesquisou, por meio de tomografias computadorizadas, como a oração se manifesta no cérebro.
O estudo revelou que as experiências de fé envolvem emoção e conhecimento tanto interior quanto de regras, utilizando áreas diferentes do cérebro, e agindo em toda sua estrutura. O lobo frontal cuida de nossas vontades e relaciona-se à memória e às emoções; o lobo parietal controla a autocrítica, enquanto o sistema límbico e o hipotálamo cuidam das reações emotivas.
Os benefícios estão nas alterações do lobo frontal e do sistema límbico. Pessoas que têm fé em Deus conseguem controlar mais suas emoções e expressá-las de maneira clara, além de ter uma melhor convivência social. A tensão muscular é reduzida e gera menor risco de doenças do coração, além de diminuir a ansiedade, a depressão e a irritabilidade. Também aumenta a capacidade de aprendizagem, memória e estabilidade emocional, fundamentais para a preservação dos neurônios.
Outra pesquisa, desenvolvida por Jordan Grafman, do Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame (EUA), revelou que o pensamento religioso já é uma predisposição do cérebro humano. Ele analisou 40 pessoas (religiosas e não religiosas) enquanto liam frases que confirmavam ou confrontavam a crença em Deus e descobriu que as partes ativadas durante a leitura de frases de fé eram as mesmas usadas para expressar as emoções. A ressonância magnética comprovou maior oxigenação do cérebro nesse momento.
As experiências religiosas são percebidas pelo próprio organismo diante de alterações hormonais e do sistema imunológico e nervoso, levando à diminuição dos batimentos cardíacos, da pressão sanguínea e do estresse. Essas características diminuem a pressão sobre o cérebro e auxiliam na sua longevidade.
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Texto: Helena Ometto / colaboradora – Edição: Ricardo Piccinato