O Ministério da Saúde estima que de 7% a 8% da população acima dos 18 anos possuem diabetes. Sendo que esse número aumenta para 18,6% nas pessoas com mais de 65 anos. O paciente com a doença, muitas vezes, não tem conhecimentos das complicações decorrentes do distúrbio. Uma delas é a cegueira causada por diabetes. Cerca de 40% dos diabéticos têm alguma alteração na visão, a patologia afeta os olhos como um todo, facilitando o aparecimento de doenças como catarata, que trata-se da opacificação do cristalino, a lente natural dos olhos. Também induz maior incidência de glaucoma, geralmente, causada pela pressão alta.
A terceira causa de cegueira mundial é a retinopatia diabética, doença silenciosa em sua fase inicial e caracterizada pela manifestação do diabetes nos olhos, causando sintomas característicos como baixa visão. “Trabalhando há mais de 30 anos com diabéticos, a retinopatia é uma grande preocupação, por que apesar da gravidade, ela pode ser prevenida com acompanhamento médico, principalmente se tratada precocemente”, explica o médico presidente do CBV Hospital de Olhos Márcio Ávila.
A retinopatia é causada por micro-hemorragias e micro-obstruções nos vasos sanguíneos oculares, comprometendo progressivamente a visão. E velocidade de seu desenvolvimento pode ser lenta ou rápida, depende do glicemia do paciente. “O controle glicêmico é imprescindível para retardar o aparecimento do problema ou diminuir sua gravidade. A prevenção também é fundamental. Exames de retina, como mapeamento, devem ser realizados periodicamente por pacientes diabéticos e visam detectar precocemente a doença. Caso identificada a retinopatia diabética, o tratamento deve começar imediatamente, por meio de fotocoagulação a laser, visando cauterizar os vasos”, explica o especialista em retina Paulista.do H.Olhos Dr. Renato Magalhães Passos.
Além dessa supervisão da glicemia, é preciso cuidados com a alimentação e com o uso de medicamentos. Ao paciente é recomendado a visita regular ao oftalmologista, pois a cegueira causada por diabetes é irreversível e conta apenas com tratamentos que desaceleram o progresso da doença.
Texto: Michele Custódio/Colaboradora | Consultoria: Márcio Ávila, médico presidente do CBV Hospital de Olhos; Renato Magalhães Passos, especialista em retina Paulista.do H.Olhos
LEIA TAMBÉM: