Como em vários aspectos da saúde, diversas questões circundam o tratamento, a prevenção e a ocorrência do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Porém, como algumas são equivocadas e outras cobertas de razão, a crença popular nem sempre acerta quando julga a autenticidade desses conteúdos. Exatamente para esclarecer essas dúvidas, o médico Gilberto Kocerginsky pontuou mitos e verdades sobre o AVC
1 – Existem dois tipos de AVC.
Verdade. O acidente cerebral pode se classificar em isquêmico ou hemorrágico. “O primeiro ocorre quando falta sangue em alguma área do cérebro. Já o segundo, quando um vaso (do tipo artéria, raramente uma veia) rompe”, explica Gilberto.
2 – É possível perceber os sintomas do AVC.
Verdade. Segundo informações da ABN, alterações de memória, náuseas, vômitos e perda da visão, do equilíbrio e de consciência são alguns dos sintomas. “Além disso, dores de cabeça e dificuldades de fala e movimento também podem ser sinais da doença”, destaca o médico.
3 – O AVC ocorre apenas em idosos.
Mito. Não há faixa etária específica para o acidente acontecer. “Os idosos são mais propensos devido ao envelhecimento vascular e doenças associadas, porém não são exclusivos”, afirma o médico.
Leia também:
- 5 hábitos que podem prevenir um infarto
- 5 sucos de uva para cuidar da saúde do seu coração
- Cérebro: veja 9 dicas de como mantê-lo sempre saudável
4 – Ingerir álcool aumenta o risco de derrame.
Mito. “Alguns estudos relacionam o uso moderado (até duas doses na semana) a fatores protetores, caso o paciente não sofra restrições (como é o caso de quem sofre de diabetes). Já o excesso do consumo pode, sim, elevar as chances do derrame”, esclarece o profissional.
5 – O tempo de socorro influencia no tratamento.
Verdade. “Quanto antes a vítima for socorrida, maiores as chances de sobrevivência e menores as chances de sequelas”, afirma Gilberto. Além disso, a Academia Brasileira de Neurologia afirma que os procedimentos realizados no hospital são fundamentais para diferenciar o AVC de outras doenças com sintomas semelhantes.
Consultoria Gilberto Kocerginsky, médico do Linnus Institute, do Rio de Janeiro (RJ) | Fontes Academia Brasileira de Neurologia (ABN); Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV)