Você já deve ter ouvido muitas coisas diferentes sobre o consumo de álcool, ainda mais ao longo dos meses que a mulher está grávida. Apesar de algumas informações serem mitos e outras repletas de veracidade, é sempre essencial buscar fontes confiáveis para saber o que é verdade e o que é mentira quando o assunto é a ingestão de álcool na gestação. E é aí que entra em cena uma nova pesquisa feita por pesquisadores australianos.
Conduzidos pela pediatra Jane Halliday, os cientistas acompanharam a gestação de 1570 mulheres, sendo que cerca de 27% delas consumiram pelo menos um pouco de álcool ao longo dos nove meses. Após 1 ano do nascimento, 415 bebês foram fotografados por câmeras montadas em diversos ângulos e um programa específico de computador criou modelos tridimensionais a partir das imagens, que foram levados para análise.
As alterações nos rostos dos bebês cujas mães consumiram pequenas doses de álcool na gestação eram impossíveis de serem vistas a olho nu. Foto Shutterstock
Para a surpresa de algumas pessoas, os resultados demonstraram que as mães que consumiram pequenas doses de álcool na gestação (apenas um ou dois goles em uma única ocasião) causaram leves modificações no rosto de seus filhos. Mas essas alterações não são nada drásticas: em geral, são imperceptíveis a olho nu, e só foram descobertas pelo algoritmo do programa utilizado.
Vale ressaltar também que as mudanças sofridas pelos bebês dizem respeito apenas a parte estética, ou seja, não foram notadas modificações no desenvolvimento mental e corporal das crianças. A forma como o álcool afeta as crianças ainda é pouco conhecida, portanto, essa pesquisa é uma maneira de entender porque certos fetos são imunes à intoxicação por bebida, dentre outras questões.
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