O cérebro começa a morrer aos 27 anos? Entenda essa teoria

Você já ouviu falar no conceito de que o cérebro morre aos 27 anos? Entenda melhor o que está por trás dessa teoria e saiba como prevenir esse mal

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Normalmente, o cérebro de qualquer ser humano se desenvolve ao longo do tempo e de acordo com cada função essencial para a vida (linguagem, concentração, entre outras). Entretanto, esse conceito pode apresentar dois sentidos e isso gera certa confusão. “A evolução da massa cerebral ocorre até a adolescência, com 90% do cérebro em volume pronto.  Por outro lado, quase sempre é possível desenvolver novas funções cerebrais, graças à plasticidade do sistema nervoso central e às novas conexões entre os neurônios”, descreve o neurologista André Felício.

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O estudo norte-americano, liderado pelo pesquisador Timothy Salthouse, apontou que esse desenvolvimento é constante até os 22 anos e se mantém no auge por mais cinco. A partir daí, algumas habilidades passam a não responder com a mesma eficiência de antes. “As medidas de memória, velocidade e raciocínio abstrato tendem a diminuir no início da idade adulta, enquanto as que envolvem o conhecimento, como vocabulário, podem progredir até os 60 anos”, afirma Salthouse.

Mas nada de arrancar os cabelos ou entrar em pânico, já que, em muitos casos, essas mudanças são imperceptíveis na rotina. “O declínio das funções cognitivas é comum devido ao processo fisiológico de perda de neurônios (atrofia). Isto, entretanto, não interfere nas atividades de vida diária”, ressalta Felício.

Como prevenir os danos ao cérebro?

Algumas funções cerebrais entram em declínio aos 27 anos, mas isso não significa que você deve tomar providências somente após esse período. “O cérebro é um órgão ávido por aprender coisas novas e criar um reserva cognitiva – para qualquer tipo de aprendizado: uma dança, um instrumento musical ou uma língua estrangeira – se torna a melhor maneira de evitar a queda das habilidades cognitivas. Mas isto deveria ocorrer, preferencialmente, durante toda a vida, e não quando estas funções cognitivas começam a declinar”, ressalta o neurologista André Felício.

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Texto e entrevistas: Vitor Manfio/Colaborador – Edição: Giovane Rocha/Colaborador

Consultorias:  André Carvalho Felício, neurologista, membro da Academia Brasileira de Neurologia, médicopesquisador no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP) e coordenador do curso de pós-graduação de Neurologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (IPEMED), em São Paulo (SP); Timothy Salthouse, pesquisador da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos.

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