Para compreender o modo como os cães experimentam o mundo, é preciso, antes de tudo, entender uma diferença básica entre esses animais e os humanos – enquanto as pessoas que têm todos os sentidos funcionando perfeitamente usam principalmente a visão para absorver tudo o que há de novo no mundo, os cães usam o olfato.
É que esse sentido, neles, é muito mais desenvolvido do que os outros, como visão e tato.
Estudos sugerem que os cães percebem bem menos tons de cores do que o olho humano, pois têm um número menor de fotorreceptores. Mas possuem milhares de células olfativas a mais.
Por esse motivo, muitos pesquisadores descartam o teste do espelho, usado para saber se um animal tem consciência ou não de sua existência, para conferir o grau de inteligência dos cães, já que o uso do objeto necessita, exclusivamente, da visão – é como se a imagem no espelho, por não ter cheiro, não tivesse importância para o cão.
E o que os olhos não veem, o focinho do cão sente. Ele sabe quando o dono afagou o cãozinho do vizinho antes de entrar em casa; investiga os pneus do carro e os sapatos para saber por onde ele esteve; pressente sua chegada a metros de distância.
Por isso, quando for passear com o bichinho, que tal deixá-lo conhecer o mundo mais com calma, em vez de ficar puxando a guia para ele andar mais rápido? Afinal, não é só porque você já conhece todo o bairro visualmente que o cão também o faz – o reconhecimento do percurso é dado pelo uso do focinho.
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Texto: Redação Alto Astral Edição: Nathália Piccoli